A taxa de desemprego no Brasil chegou a 13,1% no trimestre encerrado em março deste ano. O índice é o maior desde maio de 2017. O resultado representa 13,7 milhões de pessoas sem emprego em todo o país. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad Contínua.
Os dados mostram que, em relação ao trimestre que acabou em dezembro do ano passado, a taxa de desocupação atingiu 11,2%. Ou seja, mais de 1,3 milhão de pessoas perderam o emprego no país nesse período. No entanto, quando a comparação é feita com os três primeiros meses de 2017, instante em que 14,2 milhões de brasileiros estavam desempregados, houve redução de 3,4% na taxa.
O índice divulgado pelo IBGE ficou acima do esperado pelo mercado. A expectativa da Reuters, por exemplo, era de 12,9% de desempregados no período analisado.
Por outro lado, a população ocupada ficou em 90,6 milhões. No trimestre encerrado em dezembro, esse número era de 92,1 milhões. Logo, houve queda de 1,7% na quantidade de pessoas empregadas.
Quando o balanço trata de trabalhadores com carteira assinada, o contingente caiu 1,2% frente ao trimestre anterior e se tornou o menor desde 2012. No total, a redução foi de 408 mil pessoas no período. De acordo com o Instituto, o nível mais alto foi notado em junho de 2014, quando foram registrados 36,8 milhões de empregos formais.
Na categoria dos trabalhadores por conta própria, houve estabilidade no índice, quando comparado ao último trimestre de 2017. O número é de 23 milhões. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, foi notada uma alta de 3,8%.
Outra análise da pesquisa foi sobre o rendimento médio real dos trabalhadores que, no trimestre de janeiro a março de 2018, ficou em R$ 2.169. Ainda segundo o IBGE, o rendimento de todas as pessoas ocupadas no país permaneceu em R$ 191,5 bilhões no trimestre analisado.
Por: Marquezan Araújo