A Petrobras lançou nesta sexta (27) os prospectos de venda de participações em quatro de suas refinarias. Nos documentos, diz que o mercado brasileiro de refino é oportunidade “única e atraente”. Os interessados têm até o dia 18 de junho para assinar acordos de confidencialidade e obter acesso a informações sobre os ativos.
A venda é parte do plano de desinvestimentos da estatal e enfrenta grande resistência entre sindicatos ligados à empresa. A direção da Petrobras espera concluir o processo ainda este ano e contratou assessoria do Citigroup para as operações.
Serão duas operações diferentes, uma envolvendo ativos na região Nordeste e oura na região Sul. A Petrobras vai criar duas subsidiárias, cada uma com dias refinarias, e colocar à venda 60% de cada uma.
No prospecto de venda, a Petrobras diz que o mercado brasileiro de refino oferece oportunidades de crescimento e de boas margens, uma vez que o país tem grande produção de petróleo e é o 5º maior mercado de combustíveis do mundo.
“A proximidade dos campos produtores de petróleo na costa brasileira com o grande mercado consumidor brasileiro de produtos refinados faz do segmento de ‘downstream’ [que inclui transporte e refino de petróleo) seja um investimento único e atraente”, afirma a empresa.
A subsidiária nordestina terá as refinarias Landulpho Alves, na Bahia, e Abreu e Lima, em Pernambuco, além de cinco terminais de movimentação de petróleo e derivados e 770 quilômetros de oleodutos. A subsidiária garante ao comprado mercado potencial de combustíveis nas regiões Nordeste e Norte.
Essa nova empresa terá 19% da capacidade de refino do país. Se decidir concluir as obras da refinaria Abreu e Lima, dobrando sua capacidade para 230 mil barris por dia, ampliará sua fatia de mercado para 24%.
A subsidiária da região Sul reúne as refinarias Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, e Presidente Getúlio Vargas, no Paraná, além de sete terminais e 736 quilômetros de oleodutos. É responsável por 17% da capacidade nacional de refino.
Poderão participar empresas com pelo menos US$ 5 bilhões em faturamento e experiência no setor de refino de petróleo. Ou fundos de investimentos com ativos de ao menos US$ 1 bilhão.
Por: FOLHA