Anunciada a lista, chegou a hora de destrinchá-la. Por isso separamos algumas curiosidades em relação aos convocados por Tite para defender a seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia. Sabemos, claro, que são 23, como manda o regulamento, mas o que podemos tirar dos nomes e números?
Vamos ao que interessa:
Remanescentes de 2014
São apenas seis. Willian, Fernandinho, Neymar, Paulinho, Marcelo e Thiago Silva – este último o único que vai para a sua terceira Copa seguida.
Em relação a 2014, o número era um pouquinho menor – cinco estiveram na África do Sul e Brasil: Ramires, Thiago Silva, Daniel Alves, Maicon e Julio César.
Em 2010, a Seleção tinha oito remanescentes da Alemanha-2006: Julio César, Lúcio, Juan, Gilberto, Gilberto Silva, Kaká, Robinho e Luisão. E um que jogou em 2002, mas não foi em 2006: Kléberson.
Em 2006, quase a metade da seleção (dez jogadores) estava na campanha do penta: Dida, Cafu, Lucio, Roberto Carlos, Kaká, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rogério Ceni, Gilberto Silva e Ricardinho.
Também é a primeira vez que o Brasil vai para uma Copa com três goleiros estreantes em Mundiais (Alisson, Cássio e Ederson) desde 1990 (Taffarel, Acácio e Zé Carlos).
Base do City de Guardiola
O Manchester City é o clube que mais cedeu atletas na lista: o goleiro Ederson, o lateral-direito Danilo, o volante Fernandinho e o atacante Gabriel Jesus. Todos, inclusive, participaram da festa do título inglês nas ruas da cidade inglesa durante a convocação. O PSG é o segundo, com três.
Mas há uma curiosidade interessante aí: um time treinado por Pep Guardiola também foi a “base” nos dois últimos títulos mundiais. Em 2010 e 2014, Barcelona e Bayern cederam sete jogadores a Espanha e Alemanha, respectivamente.
Os celeiros dos craques
Inter e Corinthians foram os clubes que mais revelaram atletas – três cada. No Colorado, estrearam profissionalmente Alisson, Fred e Taison (talvez a maior surpresa da lista). No Timão, Fagner, Marquinhos e Willian.
Grêmio (Cássio e Douglas Costa) e Figueirense (Filipe Luís e Roberto Firmino) aparecem em segundo, com dois. Veja abaixo:
- Inter: Alisson, Fred, Taison
- Grêmio: Cássio, Douglas Costa
- Ribeirão: Ederson
- América-MG: Danilo
- Corinthians: Fagner, Marquinhos, Willian
- Figueirense: Filipe Luís, Firmino
- Chaves (Portugal): Geromel
- Fluminense: Marcelo
- Coritiba: Miranda
- RS Futebol: Thiago Silva
- São Paulo: Casemiro
- Vasco: Philippe Coutinho
- Atlético-PR: Fernandinho
- Vilnius (Lituânia): Paulinho
- Flamengo: Renato Augusto
- Palmeiras: Gabriel Jesus
- Santos: Neymar
Maioria absoluta “europeia”
Mais de 80% dos chamados atuam no futebol europeu – 19 no total. Três jogam no Brasil (Cássio, Fagner e Geromel), e um na China (Renato Augusto). O número é o mesmo das Copas de 2010 e 2006. A grande mudança aconteceu de 2002 para o Mundial da Alemanha.
Quantos jogavam no Brasil desde o tetra?
2014: 4 (Jô, Victor, Jefferson e Fred)
2010: 3 (Gilberto, Kléberson e Robinho)
2006: 3 (Ricardinho, Rogério Ceni e Mineiro)
2002: 13 (Gilberto Silva, Kléberson, Ricardinho, Dida, Vampeta, Edílson, Juninho Paulista, Ânderson Polga, Luizão, Marcos, Belletti, Rogério Ceni e Kaká)
1998: 9 (Taffarel, Gonçalves, Bebeto, Dida, Júnior Baiano, Zé Roberto, Zé Carlos, Denílson e Carlos Germano)
1994: 11 (Viola, Ronaldo, Gilmar, Branco, Zinho, Mazinho, Zetti, Cafu, Leonardo, Müller e Ricardo Rocha)
Média de idade
O Brasil que vai à Rússia é um pouquinho mais velho que o de 2014, mas mais novo que o de 2010 e 2006. Gabriel Jesus é o caçula da vez, com 21 anos recém completados em abril. Os mais velhos são Miranda, Thiago Silva e Fernandinho, todos com 33 anos.
A curiosidade: Cássio (6 de junho), Fagner (11 de junho), Philippe Coutinho (12 de junho) e Danilo (15 de julho) farão aniversário ou no período de preparação, ou durante a Copa.
Os fatos: as últimas duas campeãs (Alemanha e Espanha) tiveram médias de idade abaixo dos 26 anos. Confira abaixo (campeões em negrito):
- Alemanha (2014): 25,7 anos
- Espanha (2010): 25,9
- Brasil (2002): 26,08
- Brasil (2014): 27,8
- Brasil (2018): 28,1
- Itália (2006): 28,2
- Brasil (2006): 28,3
- Brasil (2010): 28,6
Por: Globoesporte.com, Rio de Janeiro