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Primeiro genérico brasileiro para prevenção do HIV é aprovado pela ANVISA

Medicamento foi desenvolvido pela farmacêutica nacional Blanver

A ANVISA, órgão responsável por aprovar os medicamentos no País, concedeu no dia 23 deste mês, o registro do primeiro genérico para prevenção da infecção pelo vírus HIV fabricado no Brasil. O remédio, composto por duas drogas – entricitabina e tenofovir – foi desenvolvido pela indústria farmacêutica brasileira Blanver e, quando tomado diariamente, pode ser mais um elemento para redução das chances de se contrair a doença. A fórmula bloqueia a ação das enzimas que permitem ao RNA se replicar nas células hospedeiras, reduzindo a carga viral no corpo do paciente.

O genérico está previsto para ser distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a partir do segundo semestre, por meio de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) já aprovada. A Blanver irá transferir a tecnologia e o conhecimento para a produção do remédio ao Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), braço da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). E, também, prevê disponibilizar o medicamento para venda em canais privados.

“A Blanver é uma empresa nacional que sempre se norteou pela qualidade e inovação, e que viabilizará a produção e distribuição no Brasil de um medicamento importante para ajudar no combate de novas incidências da doença, a um custo mais acessível”, explica Sérgio Frangioni, CEO da Blanver.

Histórico

A priori, o medicamento de referência era usado apenas para compor esquemas antirretrovirais para tratamento de pessoas que já tinham a doença. Porém, desde 2012, os Estados Unidos liberaram a fórmula para prevenção da infecção em quem não tem a doença. Nesta época, a farmacêutica Blanver foi pioneira e começou a desenvolver o genérico da formulação para o Brasil. Esta estratégia de prevenção também passou a ser vista pelo Ministério da Saúde brasileiro como um caminho para diminuir o número de novos registros. De acordo com o órgão, o País registra, em média, 40 mil novos casos da doença por ano.

O remédio genérico da Blanver também vai ao encontro da meta 90-90-90 estabelecida pela UNAIDs, a agência da ONU para assuntos relacionados à AIDS. A ação prevê que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV sejam diagnosticadas. Dentre o total de pessoas diagnosticadas, a expectativa é que 90% passem a usar os medicamentos, para que 90% dos pacientes que estiverem em tratamento comecem a apresentar carga viral indetectável, ou seja, quando o vírus já está em pequena quantidade no organismo.

USO ORAL. USO ADULTO.

Frascos com 30 comprimidos revestidos (contendo dessecante). cada comprimido revestido contém 200 mg de entricitabina e 300 mg de fumarato de tenofovir desoproxila (equivalente a 245 mg de tenofovir desoproxila).

INDICAÇÕES: Tratamento da infecção pelo HIV-1 e Profilaxia Pré-Exposição

CONTRAINDICAÇÕES: é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos seus componentes

Por: Economidia