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Rodoviária: sem gasolina, 214 ônibus cancelam viagens saindo de Salvador

Ambiente silencioso, cadeiras vazias e pouca circulação de pessoas. Esse foi o clima que dominou o Terminal Rodoviário de Salvador neste sábado (26). Por conta da greve dos caminhoneiros, que resultou na falta de combustível, 214 horários foram cancelados.

Em contagem realizada pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transporte e Comunicações da Bahia (Agerba), até às 14h deste sábado, com exceção da São Luiz e da Falcão Real, todas as outras 19 concessionárias suspenderam viagens.

Quem sentiu na pele as consequências disso foi Norma Santos. A agente de endemias chegou na rodoviária por volta das 10h30. Quatro horas depois, ainda não havia conseguido embarcar. “Minha viagem era 12h e cancelaram. É um incômodo enorme, algo que era pra ser rápido se tornou difícil, tô aqui desde cedo e vou ter que pegar um ônibus que nem é pro meu destino”, lamentou ela, que vai precisar ir para Madre de Deus e depois para Candeias, onde, enfim, vai pegar um ônibus para São Francisco do Conde, seu destino desejado.

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O estudante Gabriel Filho, 20, que também quer chegar em São Francisco, teve um pouco mais de sorte. “Tive problemas com transporte  ontem, mas hoje correu tudo bem. Cheguei aqui no horário e meu ônibus já confirmou a viagem”, comentou ele, que embarcou no horário previsto, às 13h30.

Há mais de 15 anos trabalhando na rodoviária, o carregador de bagagem Elizeu Nascimento conta que o clima de tranquilidade, principalmente em dias de sábado, é coisa rara por lá. “Tá devagar, sem movimento, não tem quase ninguém. Tem empresa cancelando viagem mas tem carro chegando antes do horário dele porque a estrada não tem trânsito”, relatou ele, dando o exemplo de um ônibus que estava previsto para chegar às 15h mas chegou às 13h. “Só vi coisa parecida quando a PM parou”, acrescenta referindo-se à greve da Polícia Militar em 2014.

Caminhoneira, Solange Ferreira, está desde 5h na rodoviária. No entanto, ao invés de cansaço, demonstra alegria. “Tá tudo otimo, prefiro assim. Primeira vez que vejo uma greve nossa demorando, quero ver o que vão fazer com a gente”, declarou ela, que está indo para um posto de reforço em Pernambuco, onde vai se juntar a outros manifestantes. “Meu marido também é caminhoneiro e já está lá com o meu caminhão. Vou ficar com ele e com os outros grevistas”.

Por: Rafaela Fleur*