FM NEWS

A Freqüência da Notícia

Destaques

19 de Junho Dia do Cinema Brasileiro

Quando se fala em cinema brasileiro, é comum lembrar-se de alguns períodos específicos da cinematografia nacional, como as chanchadas da Atlântida, o Cinema Novo, a era da Embrafilme, e, mais recentemente, o que se convencionou chamar de Retomada, uma nova tomada de fôlego para o cinema do Brasil depois de um período turbulento no qual filmes nacionais quase desapareceram das salas de exibição.

O contexto atual do cinema brasileiro tem exemplos de grandes sucessos, como Cidade de Deus e Tropa de Elite, que levaram a produção brasileira para outro patamar de reconhecimento. Fazer cinema no Brasil ainda é um desafio, mas o século 21 tem apresentado algumas alternativas, que vão desde o barateamento da tecnologia (para filmar, pós-produzir, distribuir e exibir) até os investimentos governamentais.

“Considero esses últimos 10 anos, um período muito promissor para o cinema brasileiro”, comenta o crítico e curador brasilense Sérgio Moriconi. “Existem agora mecanismos de produção e de legislação sólidos – que podem ser aperfeiçoados, evidentemente – e inúmeros incentivos à coprodução internacional através de acordos que começam a ser implementados.”

Moriconi vê com bons olhos a diversidade inédita da produção brasileira contemporânea. “Há produção nos mais variados estados e com diferentes perspectivas estéticas. Em relação à produção hegemônica brasileira, eixo Rio-São Paulo, temos – para o bem e para o mal – blockbusters de origem televisiva, normalmente comédias (com atores ‘globais’), e obras independentes de maior empenho cultural.”

Cineasta baiano radicado em Brasília, André Luiz Oliveira acredita que um dos desafios enfrentados pelo cinema brasileiro é fazer com que o público perca o preconceito contra a produção nacional. “O cinema brasileiro sempre foi bom e sempre se comunicou com o seu público, mas as gerações se sucederam e nem lembram mais disso, as que aí estão não tem mais as condições naturais de apreciá-lo, pois foram ‘educadas’ para gostarem de ver outra coisa. O que ainda pode ser feito exige vontade política associada a uma campanha estratégia de educação e ocupação do mercado exibidor a curto, médio e longo prazo.”

Fonte : Portal Brasil