Milhões e milhões de gargantas desentalaram nos acréscimos. O grito de gol veio à boca inúmeras vezes, mas parou no travessão, parou em Keylor Navas, parou numa rara má pontaria de Neymar, parou até no VAR, que anulou pênalti em cima do camisa 10. Quando o empate era uma realidade dura, Philippe Coutinho apareceu para concluir na grande área e fazer o Brasil respirar na Copa do Mundo. Respirar, tocar, tocar, tocar, dar olé e esperar o segundo, de Neymar, para o jogo poder acabar. Ao apito final se seguiram muitas lágrimas do atacante, ainda longe das condições ideais, mas sem um enorme peso nos ombros. Agora com quatro pontos, o Brasil vai decidir seu futuro contra a Sérvia, na próxima quarta-feira. Poderá passar em primeiro, em segundo ou nem avançar. Depende de outros resultados. Mas o futuro clareou após os gols no fim.
Até Coutinho e Neymar marcarem, aos 46 e 53 minutos, foram inúmeras as chances perdidas por um Brasil, dessa vez sim, melhor na prática. Com Douglas Costa no lugar de Willian, a equipe teve amplitude necessária para encontrar espaços na defesa da Costa Rica. Gabriel Jesus cabeceou no travessão, Navas fez boas defesas, a zaga cortes milagrosos, e quando não havia costarriquenhos no caminho, Neymar, num tapa de direita, desperdiçou chance rara. O pênalti anulado pelo árbitro foi como a certeza de que poderia haver mais dezenas de minutos e o gol não sairia. Nem toda certeza se concretiza. Felizmente. A insistência do Brasil castigou a cera da Costa Rica.
Fonte: G1