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Brasil encerra primeiro semestre com 63 milhões de consumidores inadimplentes, apontam SPC Brasil e CNDL

A maioria dos brasileiros não conseguiu manter as contas em dia na primeira metade de 2018. Segundo pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 63,6 milhões de consumidores terminaram o primeiro semestre inadimplentes por conta de atrasos no pagamento de contas. O número representa 42% da população adulta de todo o país.

Quando a comparação é feita entre junho deste ano e o mesmo período do ano passado, o avanço apontado foi de 4,07%. Essa é a nona alta seguida na série histórica do indicador. O aumento da inadimplência também é notada na passagem de maio para junho de 2018, sem ajuste sazonal, quando houve elevação de 0,61% no volume de consumidores com contas a pagar.

O levantamento mostra que houve alta no volume de inadimplentes em todo o Brasil. O destaque foi para a região Sudeste, onde o crescimento foi de 9,88% em junho em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida aparece o Nordeste, com alta de 4,81%. Centro-Oeste e Sul aparecem na sequência com 2,82% e 2,13%, respectivamente. E por fim, a região Norte, que registrou avanço de 2,02% no volume de inadimplentes.

Mais da metade das pendências em aberto são com bancos e instituições financeiras. Dívidas bancárias, como cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos, por exemplo, foram as que apresentaram a maior alta no último mês. O crescimento foi de 7,62% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Contas como água e luz representaram 6,69% no volume de atrasos de pagamentos. Já contas de telefone, internet e TV por assinatura aumentaram 3,57% em junho de 2018. Por outro lado, as compras feitas no boleto ou crediário no comércio foi o único segmento que registrou queda na quantidade de atrasos. O recuo, nesse caso, foi de 9,24% em junho.

As informações da pesquisa foram verificadas nas capitais e interior de 26 estados e o Distrito Federal. A margem de erro dos números é de aproximadamente 4 pontos percentuais, enquanto o índice de confiança chega a 95%.

Reportagem, Marquezan Araújo