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Gás tóxico é investigado como causa de mortes em porto do ES

 

Para identificar a causa dessas mortes, um investigação está sendo conduzida pelo Ministério do Trabalho, pelo Ministério Público do Trabalho, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pela Marinha. Ainda não há previsão para o resultado da perícia.

Os trabalhadores estavam no porão  do navio, trabalhando na retirada da madeira. Clovis Lira foi o primeiro a desmaiar. Adenilson de Carvalho e Luiz Carlos Milagres tentaram socorrer o colega mas também desmaiaram no porão.

Os três foram levados para o Hospital São Camilo, mas já chegaram sem vida. Os corpos foram liberados do Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, dois deles foram enterrados nesta quarta-feira (25).

O estivador Vitor Olmo também desmaiou no porão do navio, mas sobreviveu.

O químico Gilberto Maia de Brito explicou que, a princípio, o gás sulfídrico pode ter causado as mortes. Esse gás é resultado da decomposição de matéria orgânica. Por isso, pode ter sido liberado pela decomposição da própria madeira, ou pode ser fruto de algum tipo de produto químico aplicado nela.

De acordo com ele, em concentrações menores, o gás tem cheiro de ovo podre e não é letal ao ser humano. No entanto, em concentrações maiores, o gás inibe o olfato, dificulta a visualização e pode matar uma pessoa em questão de segundos.

Por meio de nota, o Portocel informou que a madeira é transportada in natura, sem adição de qualquer tipo de produto ou tratamento químico, pois a destinação final das toras é a produção de celulose.

Diante disso, o químico destacou que a amônia também pode ser um dos gases presentes e causadores do acidente.

“Em espaços confinados, é possível que exista a amônia. Esse gás é extremamente tóxico também, por causar danos como asfixia imediata, náuseas e vômitos. É uma outra fonte de informação que deve ser averiguada”, afirmou.

O presidente do sindicato da Orla Portuária, Ernane Pereira Pinto, acredita que houve falha no processo.

Por G1