De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, o número de brasileiros deverá crescer até 2047, quando chegará a 233,2 milhões de pessoas.
Depois disso, nos anos seguintes, a população deverá cair gradualmente, atingindo cerca de 228,3 milhões de habitantes em 2060. É o que explica o demógrafo do IBGE, Tadeu Oliveira.
“O que a gente tem observado já há alguns anos, e a pesquisa veio para atualizar isso, é a velocidade do declínio da fecundidade, esse número de filhos que as mulheres brasileiras tem tido nos últimos anos, ele continua caindo. Por um outro lado, a gente tem um aumento nas esperança de vida, que leva um envelhecimento populacional. Então, a combinação deste declínio do número de nascimentos com o aumento desses óbitos por conta do envelhecimento, ele vai chegar neste ponto em 2047, que há este cruzamento entre o número de óbitos e o número de nascimentos.”
O sociólogo Rodrigo Prando afirma que, em 2060, nós teremos uma geração de idosos cuidando de “super idosos”, e isso vai demandar planejamento, tanto para os indivíduos da sociedade civil, como do governo.
“Você vai ter uma população que vai demandar de serviços públicos. Você vai ter a questão da Previdência. Você vai ter que fazer projeções para moldar aquela sociedade a uma presença maior de idosos. E convenhamos, a sociedade brasileira não está adaptada às pessoas que tem necessidades especiais e aos idosos. Nós seremos uma geração de idosos cuidando de super idosos. Idosos na casa dos 100 anos.”
Segundo a pesquisa do IBGE, além da queda do nível de fecundidade, projeta-se que o padrão etário de fecundidade por idade da mulher, também se altere. Isto quer dizer que se em 2018 a idade média em que as mulheres têm filhos está na casa dos 27 anos, em 2060 deverá chegar a quase 29 anos.
Hoje em dia, alguns estados têm a taxa de fecundidade total acima da média nacional. Eles são: Maranhão, Espírito Santo, Paraná, Goiás e todos os estados da região Norte do país.
Já em 2060, Roraima deverá continuar com a maior taxa de fecundidade, seguido por Pará, Amapá, Maranhão, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Já as menores taxas de fecundidade deverão ser registradas no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Reportagem, Cintia Moreira