Pelo menos 89 famílias da Coreia do Norte e do Sul, separadas pela guerra que se estendeu de 1950 até 1953, foram temporariamente reunidas nesta segunda-feira (20).
A reunião aconteceu no resort turístico no norte do Monte Kumgang, em uma montanha da Coreia do Norte e foi combinada pelo líder norte-coreano Kim Jong-un e pelo presidente sul-coreano Moon Jae-in durante a primeira cúpula entre as Coreias, que aconteceu em abril.
As famílias separadas são vítimas de um impasse de décadas entre os vizinhos, que se intensificou nos últimos anos, à medida que Pyongyang avançava rapidamente em seus programas de armas nucleares e mísseis.
Segundo o site de notícias CNN, em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, o presidente Moon pediu que ambas as Coreias trabalhem em prol de mais reuniões no futuro e contou sua própria história familiar como filho de refugiados norte-coreanos.
“Expandir e acelerar a reunião tem a máxima prioridade de todos os projetos humanitários que ambas as Coreias devem realizar. As Coreias devem se esforçar mais para resolver a questão das famílias divididas”, disse. “Como membro de uma família dividida, eu simpatizo profundamente com essa tristeza e dor.”
Cerca de 132.600 pessoas forão listadas como separadas de suas famílias no final de julho. Dos 57.000 sobreviventes, 41,2% têm 80 e 21,4% têm 90 anos, segundo dados divulgados pelas autoridades.
Por Ana Luísa Vieira