Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2016, apontou a importância da educação para a consolidação da indústria do futuro no país. No total, 42% das empresas industriais consultadas consideravam que o investimento em novos modelos de educação e em programas de treinamento seria uma das principais medidas para acelerar a adoção de tecnologias digitais.
O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, explica que a falta de profissionais capacitados para interagir com as novas tecnologias e métodos de produção tem trazido efeitos negativos sobre a produtividade, a competitividade e o crescimento do país.
Para Lucchesi, algumas mudanças são necessárias para colocar em prática um novo modelo de educação.
“Duas agendas são fundamentais. A primeira delas, melhorar a qualidade da educação, e certamente para se fazer isso tem que melhorar a gestão da escola, melhorar a eficácia da aplicação dos recursos, bem como a valorização da carreira do professor. A segunda é que a escola tem que estabelecer uma relação que potencialize os jovens a realizar seu projeto de vida.”
Para a professora do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB), Débora Barem, a melhor maneira de adaptar os jovens ao novo cenário do mercado de trabalho, cada vez mais influenciado pela tecnologia, é integrar teoria e prática, por meio da educação profissional.
“O curso técnico ajuda o indivíduo a entender que não pode ficar só na teoria. Vai aprender fazer, pegar numa máquina, construir, construir habilidade técnica. São investimentos a curto prazo. Em cinco, dez anos, será possível mudar a realidade do país.”
O fortalecimento da educação é uma das propostas encaminhadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aos candidatos à Presidência da República. O objetivo é construir, nos próximos quatro anos, uma economia mais produtiva, inovadora e integrada ao mercado internacional.
Reportagem, Aline Dias