O segundo dia da série de entrevistas no Jornal Nacional com presidenciáveis contou com a presença do candidato pelo PSL, Jair Bolsonaro. O deputado afirmou nesta terça-feira (28) que um criminoso não pode ser tratado como “um ser humano normal” e, por isso, se um policial “matar 10, 15 ou 20 com 10 ou 30 tiros cada um”, o policial deve ser condecorado e não processado.

Questionado sobre empregos, Bolsonaro fez referência ao que diz ter ouvido de empresários em palestras pelo Brasil: de acordo com o candidato, a ampliação de direitos trabalhistas pode resultar no aumento do desemprego no país.

O presidenciável também já afirmou publicamente que não entende de economia. Por isso, os apresentadores do Jornal Nacional questionaram Bolsonaro sobre essa questão. Durante a entrevista, o candidato jurou “fidelidade eterna” ao economista Paulo Guedes, responsável pela parte econômica da plataforma de campanha.

Outro ponto polêmico da entrevista foi quando a jornalista Renata Vasconcellos confrontou o candidato à presidência da República a respeito da diferença salarial entre homens e mulheres. Ela lembrou que o candidato já afirmou que não empregaria uma mulher com o mesmo salário de um homem.

Bolsonaro, ao responder a jornalista, afirmou que, “com toda a certeza” havia uma diferença de salário entre ela e William Bonner. Porém, Renata Vasconcellos o respondeu dizendo: “O meu salário não diz respeito a ninguém. E eu posso garantir ao senhor, como mulher: eu jamais aceitaria receber um salário menor que um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu”.

A próxima entrevista da série do Jornal Nacional com candidatos à presidência da República acontece nesta quarta-feira (29). Assim como Ciro Gomes e Jair Bolsonaro, o candidato Geraldo Alckmin terá 27 minutos para responder às perguntas dos apresentadores do JN, além de um minuto para fazer suas considerações finais.

Reportagem, Juliana Gonçalves