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Baixo desempenho do Ensino Básico fragiliza oportunidades de trabalho para jovens

 

Os resultados apresentados pela avaliação do Ministério da Educação com relação à Educação Básica deram base a argumentação da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, que reivindica uma melhora formação dos estudantes. A CNI defende que um direcionamento com relação a educação profissional pode formar profissionais mais qualificados para o mercado de trabalho.

Segundo os Dados do Sistema Nacional de Avaliação Básica, Saeb, cerca de 70% dos alunos que finalizaram o Ensino Médio no Brasil tiveram resultados insuficientes para português e matemática. Ainda de acordo com o resultado divulgado, somente quatro por cento dos alunos teve um resultado adequado.
Como possível consequência, a taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 ficou em 26,6% em todo o Brasil no segundo semestre deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), feita pelo IBGE.

Para o gerente-executivo de Estudos e Prospectiva da CNI, Márcio Guerra, um dos maiores problemas da Educação Básica é a falta de associação da teoria à prática. Guerra explica que os jovens têm dificuldade em aplicar o conhecimento adquirido e que a aprovação da Nova Base Comum Curricular, BNCC, em 2017, é um importante passo para uma melhor preparação para o mundo do trabalho.

“Com essa nova forma de organização curricular, nós temos uma grande chance de melhorar essa conexão com o mercado de trabalho, ou seja, é uma educação mais leve, ágil e direta e que leva a situações que o jovem consiga fazer a transposição do conhecimento do que acontece na sala de aula com o que acontece no mercado de trabalho.”

O ministro da Educação, Rossieli Soares, comentou sobre o que deve ser feito para elevar a qualidade do ensino dado aos jovens no país.

“A gente precisa melhorar a formação inicial que a gente faz para os nossos professores. A gente precisa melhorar as condições, a gente precisa priorizar especialmente determinadas regiões. Você não pode comparar aquele professor que está em uma área isolada, que não tem internet, não tem as condições ideais… Ele está fazendo um esforço muito grande para a melhoria da educação daquelas crianças. Nós precisamos apoiar mais os professores e especialmente colocar no centro de tudo isso: o aluno.”

A CNI defende uma série de propostas que visam a melhoria da qualidade da educação profissional. Entre os pontos, que foram entregues aos presidenciáveis, questões como a revisão das políticas de financiamento, gestão escolar e a formação de professores são destacados.

Reportagem, Raphael Costa