O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, declarou nesta segunda-feira (17) que é difícil que a prisão do ex-presidente Lula seja derrubada por decisão do plenário. Esse novo julgamento é parte do recurso apresentado pela defesa do petista.
O objetivo dos advogados de Lula é reverter a decisão da Corte, que em abril negou por seis votos a cinco o pedido que evitaria a prisão do ex-presidente após condenação em segunda instância. Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, litoral paulista.
O julgamento deste recurso contra a decisão começou a ser votado no plenário virtual, quando os ministros não se reúnem e votam pelo computador. Na última sexta, Ricardo Lewandowski pediu vista do recurso para levar a decisão para o plenário físico. No momento, haviam sete votos contrários à decisão e um favorável à liberação de Lula.
“O fato é que nesse caso já houve no plenário virtual seis votos [foram sete] a favor da situação anterior e um divergente. Na minha opinião, eu penso, que como se trata de um recurso limitado, que são os embargos de declaração, e o tema foi extremamente debatido, muito dificilmente vai haver qualquer mudança.”
O novo ministro também rebateu as críticas feitas pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL), que em uma transmissão via Facebook nesse domingo, afirmou que as eleições sofrerão com fraudes nas urnas. O candidato criticou a posição do STF de impedir o voto impresso.
“As urnas eletrônicas são totalmente confiáveis. Os sistemas são abertos a auditagem para todos os partidos políticos seis meses antes das eleições, também para o Ministério Público e para a Ordem dos Advogados do Brasil”.
O ministro ainda relembrou que Bolsonaro sempre foi eleito através das urnas eletrônicas e ressaltou que nesta edição das eleições haverá observadores internacionais da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Reportagem, Raphael Costa