Nos filmes de ficção, o futuro é quase sempre retratado com a existência de robôs. Mas esse já não é um futuro tão distante. Pelo menos dentro das empresas industriais.
No caso da Kuka Roboter, uma empresa alemã que tem franquia no Brasil, é feito um trabalho de fabricação de máquinas que reproduzem funções dos seres humanos.
Funciona assim: se antes um trabalho de pintura, corte ou aplicação de laser era feito manualmente por funcionários, agora as empresas já podem contar com um robô que realiza esses trabalhos. O diretor-geral da Kuka, Edouard Mekhalian, explica que outras empresas também precisam adotar essa tecnologia para se desenvolverem mais rápido.
“A robótica tem que vir para permitir a redução do custo de produção, o aumento da produtividade, a redução de perdas, a melhoria de qualidade, e principalmente você ter produtos de melhor qualidade a menor preço.”
Mekhalian defende, também, que a partir do momento que a indústria crescer em todos esses aspectos, ela será capaz de expandir o mercado de trabalho. Tudo isso porque, enquanto os robôs exercem as funções manuais, os funcionários da empresa podem investir em conhecimento e tarefas que vão exigir mais do cérebro – o que não é possível para a máquina.
“Se na robótica tradicional, a gente precisa de um ambiente muito mais estruturado, a operação precisa ser repetida sempre na mesma posição e no mesmo movimento, na robótica moderna a gente tem uma flexibilidade maior de movimento. Ou seja, o mesmo robô pode executar tarefas diferentes.”
A Robótica Avançada é uma das tecnologias da Indústria 4.0, que é considerada a quarta revolução industrial. E para que ela seja implementada no Brasil, o setor da indústria defende que governo priorize políticas que impulsionem a adoção das novas tecnologias. O gerente executivo de Política Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), João Emílio Gonçalves, explica.
“As tecnologias digitais têm o potencial de contribuir para a solução de grandes problemas nacionais. Então, se a gente pensar em atendimento à saúde, de eficiência energética e mobilidade urbana. Tudo isso pode ser melhorado. A prestação de serviço para a sociedade pode ser melhorada por meio de tecnologias digitais.”
A recomendação está no estudo Indústria 4.0 e Digitalização da Economia, produzido pela Confederação Nacional da Indústria e que faz parte de conjunto de propostas da indústria para as Eleições 2018.
Reportagem, Sara Rodrigues