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Uma em cada três crianças está obesa no Brasil, afirma presidente da SBCBM

 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a OMS, a obesidade e o sobrepeso quase triplicaram desde 1975. Em 2016, por exemplo, mais de 1,9 bilhão de adultos, com 18 anos ou mais, apresentavam excesso de peso. Destes, mais de 650 milhões eram obesos.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Luiz Fernando Córdova, os números atuais mostram que a obesidade é um problema crônico e de saúde pública.

“Uma em cada três crianças está obesa no Brasil. Então, o que tem chamado muito a atenção para nós, médicos, é que a gente está vendo cada vez pessoas mais jovens tendo problemas cardiovasculares, entre eles o infarto. Porque realmente a obesidade gera um processo crônico de obstrução das artérias. Então, aquela ideia de que sou um gordinho saudável, não tenho pressão alta, não tenho diabetes, não tenho colesterol, isso não é uma garantia que a pessoa não possa ter outros problemas de saúde.”

No Brasil, dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2017, apontam que quase um em cada cinco brasileiros (18,9%) estão obesos e que mais da metade da população das capitais brasileiras (54,0%) está com excesso de peso.

Este era o caso do professor de Comunicação Social, André Imbroisi, de 35 anos, que tinha 190 quilos, até que decidiu fazer uma cirurgia bariátrica. Com isso, ele teve que mudar totalmente os hábitos, principalmente no que se refere à alimentação e à atividade física.

“Com a alimentação regrada, voltada para qualidade, eu, que antes era super obeso, perdi muitos quilos, algumas dezenas de quilos, e aí toda a doença que eu tinha adquirido sumiu. Eu tinha hipertensão e pré-diabetes, tomava remédio, já controlando o início de diabetes… e a minha alimentação passou a ser controlada. Eu sou esportista hoje, pratico a vela e….o ideal é isso: o ideal é criar na sua vida hábitos saudáveis.”

O Ministério da Saúde adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. O Brasil assumiu, no âmbito da Década de Nutrição da ONU, o compromisso de deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional. Também firmou o compromisso de reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta até 2019, e ampliar em no mínimo 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.

Reportagem, Cintia Moreira