Os candidatos à presidência da República que disputam o segundo turno das eleições, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), tem planos diferenciados sobre as privatizações no Brasil.
O programa de governo do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, estima reduzir em 20% o volume da dívida por meio de privatizações, concessões, venda de propriedades imobiliárias da União e devolução de recursos em instituições financeiras oficiais que hoje são utilizados sem um benefício claro à população brasileira.
Segundo Bolsonaro, algumas estatais serão extintas, outras privatizadas e, em sua minoria, pelo caráter estratégico, serão preservadas. É o que explicou o presidenciável no programa Frente a Frente da RedeTV!
“Nós queremos um Estado necessário. O PT criou aproximadamente 50 estatais. Quase todas elas serão privatizadas ou extintas. Nós temos que ter responsabilidade nas demais privatizações. E tem a questão estratégica também. As questões de Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco do Nordeste, entre outros, a mesma coisa. Agora, temos muitas estatais. Quer dizer, pode realmente privatizar. São até lucrativas, mas temos que ter um modelo adequado. Vamos sim diminuir o peso do Estado, diminuir estatais, com responsabilidade, até para combater a corrupção.”
Mesmo Bolsonaro afirmando que algumas empresas onerosas poderão ser privatizadas ou mesmo extintas, ele tranquilizou o mercado e os servidores de que tudo será feito com critério, sem que ninguém seja prejudicado.
Foi no mesmo programa Frente a Frente da RedeTV! que o candidato petista Fernando Haddad afirmou que é preciso conter a privatização e a precarização no serviço público.
“Olha, Petrobras, Eletrobrás, Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica, são estatais intocáveis. É um patrimônio do Brasil, é um patrimônio do brasileiro. Nós precisamos defender o patrimônio brasileiro, defender o pré-sal, defender a Embraer. Então nós temos que ter muita cautela com este assunto. Vamos defender o patrimônio público.”
Além de Haddad querer suspender a política de privatização de empresas estratégicas para o desenvolvimento nacional, o presidenciável também quer suspender a venda de terras, água erecursos naturais para estrangeiros.
Reportagem, Cintia Moreira