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Disque 100 registra 210 casos de intolerância religiosa

De acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos, os casos de discriminação religiosa no Brasil chegaram a 210 no primeiro semestre neste ano. As denúncias foram registradas pelo Disque 100.

Lembrando que provocar injúria, difamar ou impedir o culto ou destruir espaços onde os fiéis professam sua crença é crime e os condenados podem pegar de um a três anos de prisão, além de ter que pagar multa. Além disso, no Distrito Federal, Piauí, Pará e Mato Grosso foram instaladas delegacias especializadas nesse tipo de crime.

Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, a maior parte das queixas vem do Rio de Janeiro, Amapá e Espírito Santo. Em 44% dos casos de discriminação, as vítimas não informaram a religião que professavam, porém as religiões de matriz africana são as mais atingidas.

Quem dá mais detalhes sobre o perfil das vítimas de intolerância religiosa é o coordenador de Diversidade Religiosa do Ministério dos Direitos Humanos, Thiago Garcia.

“Não há uma diferença significativa entre homens e mulheres. Em relação a faixa etária, em sua maioria são adultos, tendo uma quantidade semelhante entre vítimas crianças e idosas. A maioria das vítimas declaram-se pardas e brancas e a maioria pertence a religiões de matriz africana. Destacando que em segundo lugar encontram-se vítimas evangélicas, seguidas de vítimas católicas e espíritas.”

Os dados do Disque 100 mostram que essas agressões costumam partir de pessoas próximas às vítimas: 26,77% eram vizinhos das vítimas e 5,12% eram irmãos.

Ao longo de todo o ano passado, foram 537 casos de agressão por intolerância religiosa.

Reportagem, Cintia Moreira