A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta, durante a operação Capitu, Joesley Batista, empresário e um dos donos da JBS, Antônio Andrade (MDB), vice-governador do estado de Minas Gerais e Ricardo Saud, executivo da JBS . A operação desta sexta é um desdobramento da Operação Lava Jato.
Segundo a PF, o inquérito foi instaurado após a delação premiada de Lúcio Funaro, sobre supostos pagamentos de propina a servidores e agentes que trabalhavam de maneira direta e indireta para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nos anos de 2014 e 2015. Neste período, Antônio Andrade era ministro da Agricultura no governo de Dilma Rousseff.
A suspeita da PF, é de que um grupo de empresários e executivos da JBS pagava propinas a funcionários do alto escalão do MAPA para obter licenciamentos e normatizações. Esses documentos obtidos através do pagamento de propina garantiam um favorecimento à empresa.
De acordo com as investigações, o Grupo JBS teria pago R$2 milhões para regulamentar a exportação de despojos, que são as sobras da produção, e outros R$ 5 milhões pela proibição do uso da ivermectina de longa duração.
Além de Joesley e Ricardo Saud, foram rpesos Demilton de Castro, executivo da JBS, o deputado estadual João Maglhães (MDB) e o ex-deputado do Mato Grosso, Neri Geller (PP).
Ao todo, estão sendo cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, endereçados para o Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso.
Caso sejam indiciados, os suspeitos responderão por constituição e participação em organização criminosa, obstrução de justiça, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dentre outros.
Reportagem, Raphael Costa