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Trump promete para breve relatório da CIA sobre assassinato de saudita

 O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que conversou com a diretora da CIA (Agência Central de Inteligência), Gina Haspel, no sábado e que um relatório completo sobre o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, incluindo quem foi o responsável, será concluído no início da próxima semana.

O anúncio veio após relatos de que a CIA concluiu que o assassinato de Khashoggi foi realizado sob as ordens do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, um aliado próximo do presidente.

“É uma coisa horrível que aconteceu, a morte de um jornalista”, disse Trump a repórteres. “Vamos ter um relatório muito completo nos próximos dois dias, provavelmente na segunda ou na terça-feira.”

O relatório vai abordar o que “achamos que foi o impacto geral, quem causou isso, e quem fez isso”, afirmou. Trump não disse quem divulgaria o relatório ou se seria anunciado publicamente.

A conclusão da agência de espionagem norte-americana pode colocar em risco os esforços de Trump para proteger as relações com o príncipe herdeiro e a Arábia Saudita em geral. Questionado sobre a avaliação da CIA sobre o envolvimento do príncipe herdeiro, Trump disse: “Eles ainda não avaliaram nada. É cedo demais.”

A Arábia Saudita negou que o príncipe Mohammed tivesse algum conhecimento prévio do assassinato. Na quinta-feira, o procurador-geral do país disse que não havia uma ordem de cima para matar Khashoggi e disse que buscará a pena de morte contra cinco suspeitos no caso.

Uma porta-voz da embaixada saudita em Washington disse em um comunicado na sexta-feira: “As alegações nesta suposta avaliação (da CIA) são falsas. Temos e continuamos a ouvir várias teorias sem ver a base primária para essas especulações”.

O porta-voz da CIA se recusou a comentar. A avaliação da agência foi divulgada pela primeira vez na sexta-feira pelo jornal The Washington Post.

Trump e seus assessores condenaram o assassinato de Khashoggi em 2 de outubro no consulado saudita em Istambul, mas o presidente tem evitado culpar pessoalmente o príncipe Mohammed, que dirige a Arábia Saudita no dia-a-dia. O presidente procurou salvaguardar aspectos importantes dos laços de Washington com o reino – incluindo as vendas de armas dos EUA a Riad.

“Você sabe, nós também temos um grande aliado na Arábia Saudita”, disse Trump no sábado. “Eles nos dão muitos empregos e muitos negócios e desenvolvimento econômico. Eles têm sido um aliado verdadeiramente espetacular em termos de empregos e desenvolvimento econômico.”

Fonte: Valor