O valor dos alimentos da cesta básica aumentou em 16 das 18 capitais brasileiras pesquisadas pelo Dieese, que é o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
A cesta mais cara foi registrada em São Paulo (R$ 471,37). Logo em seguida, vem a de Porto Alegre (R$ 463,09), Rio de Janeiro (R$ 460,24) e Florianópolis (R$ 454,87).
Segundo a supervisora de preços do Dieese, Patrícia Lino Costa, existe uma pequena diferença nos itens que são pesquisados, que faz com que as cestas das capitais do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país sejam mais caras do que as cestas do Norte e do Nordeste.
“No Centro-Oeste, Sudeste e no Sul, a quantidade de carne é maior do que a quantidade de carne do Norte e Nordeste. Esta é uma composição que vem com base no decreto onde a gente usa como base para calcular a cesta e também no Norte e Nordeste nós não pesquisamos a batata. Também no Nordeste nós pesquisamos farinha de mandioca e nas regiões Centro-Sul a gente pesquisa a farinha de trigo.”
Os alimentos que apresentaram alta na maior parte das capitais pesquisadas de outubro a novembro deste ano foram: o tomate, a batata, o óleo de soja, o pão francês e a carne bovina de primeira. Já o leite integral teve queda de preços em 16 capitais.
O Dieese calculou o salário mínimo ideal em novembro, baseado na cesta mais cara, que foi a de São Paulo. O valor mínimo mensal necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.959,98. Esse valor é equivalente a mais de 4 salários mínimos de R$ 954.
Reportagem, Cintia Moreira