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Parlamento Britânico veta acordo de saída do Reino Unido da União Europeia

Por 402 a 232 votos, a maioria dos parlamentares britânicos vetou nesta terça-feira (15) o acordo de saída do Reino Unido do bloco europeu. Derrotada no Parlamento, a primeira ministra Theresa May tem três dias para apresentar um novo texto ou pode apresenta novamente a mesma proposta. A tendência agora é que a saída do país da União Europeia seja adiada e não aconteça até 29 de março, como previsto até então.

O texto apresentado pela premiê britânica foi chancelado pela União Europeia em novembro do ano passado. Segundo Theresa May, o bloco descarta um novo acordo. Isso porque a União Europeia (UE) e o Reino Unido negociaram durante um ano e cinco meses um acordo bilateral de 585 páginas, 185 artigos e três protocolos que desfazem os laços do país com o bloco europeu. O texto engloba o fim de medidas econômicas e até questões territoriais.

Caso May seja derrotada novamente, o Reino Unido caminhará para uma saída do bloco econômico sem acordo, ou seja, sem direito de negociação. Na prática, isso significa que não haveria um período de transição e já a partir da noite de 29 de março as leis da União Europeia deixariam de valer no país. Se isso acontecer, pode haver caos, por exemplo, no transporte em aeroportos e no Canal da Mancha, via aquática que liga a Grã-Bretanha à França e tem grande importância econômica por conta da travessia de mercadorias e navios petroleiros.

A União Europeia, que, com o Reino Unido, tinha 28 países-membros, nasceu em 1957, chamada na época de Comunidade Econômica Europeia (CEE). A CEE foi criada para integrar política e economicamente a Europa, no contexto do pós-guerra, e impedir, dessa forma, o aparecimento de rivalidades que deram origem às duas Grandes Guerras.

Estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) calculam que a economia britânica pode encolher de 1,5% a 9,5% com a saída da União Europeia. Há, no entanto, quem discorde, utilizando o argumento de que o Reino Unido será livre para fechar acordos com outros países e que isso pode estimular a economia britânica.

Reportagem, Tácido Rodrigues