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Artistas defendem espaços culturais da Bahia da sinalização de corte de recursos

O Teatro SESI Rio Vermelho, criado em 1997 com a proposta de estimular as produções artísticas locais e incentivar novos talentos, se tornou um polo divulgador da cultura baiana em Salvador.

Quem já se apresentou nos palcos do local, jamais esquece. É o caso da artista e historiadora Juliana Ribeiro, que se lembra com carinho do teatro que lhe abriu as portas do mundo artístico há 15 anos.

A notícia de uma possível redução nas contribuições das empresas às entidades do Sistema S preocupa Juliana. A medida é estudada pelo governo federal sob o argumento de enxugar gastos. Na visão da artista, o espaço deve ser preservado, já que contribui na formação de artistas soteropolitanos.

“O meu desejo é de vida longa ao SESI, e que a gente olhe para essa casa com muito mais amor, que é o que ela merece. Sem corte de verba, sem corte de recurso. Ao contrário, o SESI merece ser repatrocinado, refinanciado cada de vez mais porque é um espaço, acima de tudo, do cidadão soteropolitano, baiano e brasileiro”.

O artista plástico Bel Borga é outro que também está aflito com o destino do Teatro SESI Rio Vermelho. Ele, que ao longo da carreira estabeleceu laços com o bairro que dá nome ao espaço, ressalta a importância da cultura para a comunidade local.

“Estamos torcendo que não seja interrompido esse trabalho muito importante e com grande relevância aqui na nossa cidade. É uma cidade com muita cultura e muita dificuldade. Isso não pode ser interrompido”.

Em dezembro do ano passado, o atual governo anunciou a intenção de reduzir o envio de recursos financeiros que chegam ao Sistema S. Como o SESI e o SENAI fazem parte desse pacote, membros dessas instituições destacam que há um risco de as atividades do grupo reduzirem na mesma proporção.

Reportagem, Juliana Gonçalves