Comédia dramática conta com a atriz brasileira Letícia Sabatella e o renomado ator argentino Pablo Echarri no elenco
Uma coprodução do cinema argentino e o brasileiro traz às telas de cinema, na próxima quinta-feira (21), o filme “Happy Hour: Verdades e Consequências”. No elenco, Letícia Sabatella interpreta Vera, uma mulher com um cargo político importante, que é casada com o professor universitário Horácio, interpretado pelo ator argentino Pablo Echarri.
Após um acidente e uma popularidade repentina, Horácio decide que quer ter relações sexuais com outras pessoas, mas que quer continuar casado com Vera. Quando ele conversa com a esposa, acredita que isso pode destruir o relacionamento e também a sua carreira. Mas Horácio não desiste do que quer.
O roteiro tem uma proposta muito boa, e até então muito inovadora. A estória parece questionar o modelo tradicional de casamento e cutucar o espectador sobre a necessidade em se manter fiel a essa forma de um relacionamento a dois.
Ao mesmo tempo em que o roteiro nos apresenta uma narrativa fantástica, traz uma analogia para a vida e o relacionamento de Horácio e Vera. A questão é que essa analogia é patética e torna o filme brega, remetendo às comédias nacionais que não são nada inspiradoras para o cinema brasileiro.
A música “Fala” do grupo “Secos e Molhados” acompanha a narrativa e nos traz uma sensação de continuidade, algo que torna muito mais fácil o apego ao filme e o envolvimento do espectador com a obra. Além do restante da trilha sonora instrumental que é bem acolhedora, e as músicas argentinas que dão um tom mais animado à comédia dramática, que de comédia não tem quase nada.
Considerado um dos principais atores argentinos, Pablo Echarri mostra uma atuação de excelência e contracena bem com Letícia Sabatella, que não tem tanta força expressiva quanto o parceiro.
O filme “Happy Hour: Verdades e Consequências” é uma boa obra para refletir sobre os rumos e as tradições que mantemos, compreender que o que é bom para um, pode não ser para o outro. Confira nos cinemas a partir de 21 de março.
Por Sara Rodrigues