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No Dia Mundial da Luta Contra Malária, autoridades alertam sobre a doença

 

 

Moradores da região Amazônica precisam ficar atentos ao aumento do número de pessoas com malária. De acordo com o Ministério da Saúde, 99% dos casos registrados no Brasil se concentram nessa área, que agrupa os estados do Amazonas, Acre, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Isso porque a presença da mata favorece a multiplicação do transmissor: a fêmea infectada do mosquito chamado Anopheles – popularmente conhecido como mosquito carapanã.

Então, quando um mosquito carapanã pica uma pessoa doente de malária e é contaminado com o parasita Plasmodium, o inseto já começa a transmitir a doença.

Cássio Peterka é coordenador-geral substituto do Programa de Controle da Malária do Ministério da Saúde. O gestor alerta que a doença causa muito sofrimento e acaba afetando toda a família de quem está doente.

“A princípio a malária começa causando um mal-estar geral, dores no corpo, dor de cabeça, febre, isso faz com que a pessoa fique impossibilitada de trabalhar, ir para a escola, dando uma perda grande não só para a saúde da pessoa, mas de toda a família que também adoece de malária”, explica Cássio.

Nesta quinta-feira, dia 25 de abril, é o Dia Mundial de Luta Contra a Malária. Aqui no Brasil, a situação da doença se agravou nos últimos anos e, por isso mesmo, tem chamado a atenção de autoridades para o controle da doença.

Ainda de acordo com dados do Ministério da Saúde, de 2010 a 2016, houve uma queda de 60% na quantidade de casos. Em 2017, no entanto, o sinal de alerta voltou a ser acionado. Um crescimento de 51% na quantidade de casos fez com que o Brasil contabilizasse mais de 194 mil pessoas doentes. E, no ano passado, de acordo com dados preliminares do Ministério, mais 188 mil casos foram registrados.

Devido às suas características geográficas, uma das capitais do país com maior incidência da doença é Manaus. Só no ano passado, foram registrados mais 8.300 casos da doença na cidade. João Autaci é gerente de Vigilância de Saúde na capital e, à frente da luta contra o mosquito, conta que já foi infectado mais de 20 vezes. Ele lembra que o diagnóstico evoluiu muito ao longo dos anos e que o tratamento é fundamental para uma recuperação menos sofrida do paciente.

“Hoje em dia, você recebe o diagnóstico imediatamente. Então, quanto mais rápido você tem o resultado em mãos e os medicamentos, mais rápido você melhora”, afirma o gerente.

Por isso, é importante ficar atento! Em caso de febres altas, calafrios, sudorese, tremores e dores de cabeça, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico precoce e o tratamento oferecido são fundamentais para a cura desta doença que pode matar. Para mais informações, acesse saude.gov.br/malaria.

 

Por : Raphael Costa