“Entenda do que se trata e porque o movimento pode ser aliado da sociedade como um todo”.
Abrolhos FM NEWS / Por Carolina Rosa
O feminismo é um movimento que nasceu segundo registros históricos no século 18 durante a revolução francesa quando povos lutavam contra a exploração da Nobreza da época e se fortaleceu na Inglaterra com o nascimento das Sufragistas que eram mulheres que lutavam por direitos civis como o poder de votar e ter o mesmo tempo da jornada de trabalho, já que era obrigada a trabalhar por 14 horas diárias em fábricas têxteis.
Algumas gerações depois o feminismo tomou uma enorme proporção na América, mais especificamente nos Estados Unidos na luta por direitos civis também e dentro dessa narrativa outra linha que surgiu com força foi o feminismo negro que trazia para discussão o racismo e as diversas formas de agressão vinculadas ao gênero e a raça muito evidentes nos anos 1980, diferente do que já era dito por mulheres brancas que abrangia somente elas.
A partir destes pontos o feminismo não parou de crescer e chegar ao conhecimento de diferentes mulheres em todo o mundo sendo agregada às suas demandas específicas que estão diretamente ligadas a cultura que vivem e os padrões de sociedade em que estão inseridas.
Com o caminhar dessa luta e a consciência tão importante para a coletividade como um todo, setores da sociedade conservadora começaram a se movimentar contra mulheres que se auto afirmam feministas alegando que as reivindicações defendidas por elas serviriam para tirar mulheres dos seios de suas famílias, travando uma rivalidade entre homens e mulheres, maridos e esposas. Mas porque essas dialéticas acontecem? Afinal, quem tem medo do feminismo?
A resposta por sua vez parece simples, pois quem tem medo do feminismo é quem não quer que as mulheres sejam autônomas de suas vidas e decisões, de suas emoções e seus corpos.
Nós vivemos um período em que homens aprovam leis contra mulher, contra a plena autonomia de escolher por si, questões como aborto ou leis que as defendem como a lei Maria da Penha. Além de discussões antigas como equidade salarial e oportunidades.
A verdade é que são muitas coisas que as mulheres estão em busca e essa luta por direitos está longe de acabar, porém o “medo” que está ligado ao feminismo provém da insegurança de ver setores perdendo seus privilégios e sendo colocado em pauta opressões e desigualdades que até então não eram ditas.
A globalização e as gerações conectadas não aceitam mais a reprodução de respostas e conceitos rasos, cada dia mais queremos respostas para a enorme quantidade de injustiças que são cometidas pelos grandes detentores do poder que por uma ‘não coincidência’ são homens brancos e ricos.
Por fim o feminismo não é uma luta contra os homens e qualquer coisa que remeta a isso está completamente equivocado. O feminismo é uma luta por direitos e liberdade, e dentro dessa discussão podemos traçar diversos paralelos.
A rádio Abrolhos Fm apoia a luta feminina! E durante todo mês de junho trataremos no site pautas para construir essa narrativa tão potente que é o famigerado feminismo.