“Após averiguação, IPAC decide que sitío de Krajcberg não é adequado para manter acervo”. 

Redação Abrolhos Fm

O conceituado artista polonês Frans Krajcberg, começou sua carreira artística no Brasil em 1948, quando chegou em no país após perder sua família em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. 

O artista passou por diferentes estados no país, entre as idas e vindas que fazia a Europa e após um longo período residindo no Rio de Janeiro Krajcberg se naturalizou brasileiro, passou por Minas Gerais até encontrar em Nova Viçosa seu novo lar, em 1972.

Foram anos de construção artística e em todos as capitais por onde passou, deixou seu legado, sempre com a visão de que a arte era a melhor forma de expressão e o mesmo usava sua arte como ferramenta para denunciar os maus tratos do homem com a natureza. 

Em 2017 Frans Krajcberg faleceu no Rio de Janeiro deixando suas obras em Nova Viçosa onde residia, o artista doou o espaço para o acervo do Estado da Bahia para que seu sitío tornasse um museu , porém segundo declaração do IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia após ser feita uma avaliação no local,  o museu não será aberto por não ser adequado para abrigar as obras do artista. “Além do alto custo de manutenção para manter as obras lá, teríamos pouco retorno de público, então vamos sim preservar o sítio e a história do artista lá, mas sob a ótica da preservação ambiental, que norteou a carreira dele”. afirma João Carlos Oliveira, diretor do IPAC. 

Ainda em avaliação João Carlos acredita que o sítio que abrigava o artista e suas obras podem se transformar em um espaço de preservação ambiental, que possa servir como área de desova de tartarugas marinhas em parceria como o Projeto Tamar e passagem de baleias jubarte, mantendo a importância e a história do artista Frans Krajcberg. 

O acervo de obras de Krajcberg agora estão em poder do Estado da Bahia, por isso foi decidido que o acervo percorrerá o Brasil e o mundo durante quatro anos em exposição itinerante. IPAC acredita que até lá, o governo do estado já terá um local definitivo para as obras, sendo a região metropolitana de Salvador o destino mais provável. O arquiteto Robson Takeo Shishido foi nomeado para fiscalizar o contrato com a empresa encarregada de fazer serviços como levantamento topográfico e planialtimétrico cadastral do Sítio Natura.