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O que mudou para os caminhoneiros 1 ano e meio após as Paralisações ?

 

“Medidas provisórias, ilusão à baixa no valor do combustível e empoderamento de classe, são alguns dos legados da paralisação em Maio de 2018”

 

Redação Abrolhos Fm/ Reportagem Beto Ramos

 

Cerca de um ano e meio após a Greve dos Caminhoneiros, em maio de 2018, os questionamentos sobre os avanços que a classe alcançou ainda são frequentes. 

A equipe de jornalismo da Rádio Abrolhos Fm entrevistou um motorista de caminhão para saber como anda a condição desses trabalhadores que exercem um papel fundamental para a economia e a vida dos brasileiros. 

Douglas Naves é caminhoneiro há mais de 10 anos e conta que desde que houve a paralisação que durou 11 dias algumas coisas mudaram para ajudar a vida dos trabalhadores da estrada. 

“Quando o senado alterou com a MP 833/2018 a Lei dos Caminhoneiros, que isenta o pagamento de pedágio por eixos suspensos no transporte de vargas, já foi uma vitória para a classe, justamente por ajudar na economia dos caminhoneiros”. 

Porém mesmo com a mudança, ainda não é o suficiente para facilitar o trabalho dos mesmo, No caso do combustível, não houve de fato a baixa nos valores, é o que revela um levantamento do Núcleo de Dados com base em preços coletados em mais de 5 mil postos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). De 3 a 9 de junho, a redução nas bombas foi de apenas 0,2%, de R$4,614 para R$4,603 por litro, frente à mesma semana anterior, de 27 a 2 de junho. 

Se comparada à última medição feita antes do início das paralisações dos caminhoneiros — na semana de 13 a 19 de maio —, o preço médio da gasolina no país subiu 7%. No mesmo período, no entanto, a gasolina vendida pelas refinarias às distribuidoras caiu, em média, 1,5%, de acordo com os valores disponibilizados pela Petrobras.

O caminhoneiro Douglas fala também da importância de paralisação como a que aconteceu, “porque embora não tenha ocorrido uma mudança estrutural nos problemas que a classe vem enfrentando há muitas gerações, hoje o povo brasileiro pôde entender a importância que a classe tem na vida de todos, e que não adianta nos tratar com descaso, porque hoje mais que nunca nós temos mais senso de comunidade”.

A Luta está longe de terminar, pois são muitos direitos a serem conquistados, porém o senso comum dos trabalhadores que vivem nas estradas, é que toda real mudança necessita de chamar a atenção de outras classes e principalmente das autoridades do Brasil, senão será impossível percebê-la.