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Panfela Melgaço é homenageada como a Parteira de Mucuri

 

“A parteira que atuou por muitos anos em Mucuri, foi homenageada pelo trabalho prestado às mães do município”.

 

Redação Fm News 

 

Desde os tempos primórdios as parteiras exercem um papel fundamental na sociedade, sendo responsáveis a ajudar mães darem luz, não se sabe ao certo quando o ofício começou apenas sabe-se que é uma espécie de dom do universo. 

Em diversos município, o parto normal e domiciliar auxiliado por parteiras, doulas e dependendo do caso técnicos da área são a única alternativa para a mulher trazer seu filho ao mundo, porém devido a mitos ligados a religião cristã e a desinformação muitas parteiras foram proibidas de trabalhar durante anos e hoje buscam reverter esse cenário, atuando cada vez mais na área em busca de visibilidade e regulamentação da alternativa segura e natural. 

Em Mucuri não é diferente, durante muitos anos não havia um hospital que funcionasse 24 horas, por isso as crianças nasciam dentro de casa por não ter outra opção. Panfela Melgaço, uma mulher nativa de Mucuri, se tornou essencial para o município por ser a parteira que atuava sem nenhuma remuneração, ela fazia por amor a causa. 

“Me sinto muito grata e reconhecida pela equipe médica de Mucuri, quando nós fazíamos os partos era porque realmente não tinha ninguém na cidade para fazer. Eu e o dr. Fábio que tinha acabado de chegar aqui andávamos por todos os lugares, na roça, nos distritos e tudo  por aqui”.

Panfela Melgaço foi homenageada pelo município de Mucuri no dia de seu aniversário, pelos anos de trabalho prestado e por ter auxiliando tantas mães que hoje já são até bisavós em alguns casos. 

“Isso é uma coisa interessante, pois muitas crianças que nasceram por minhas mãos hoje são pais e até avós e encontrá-los na rua é super divertido, todos sempre vem falar comigo e me sinto muito feliz, pois sempre fiz de coração”. 

Assim como Panfela, diversas mulheres que fazem partos caseiros e em segurança são responsáveis por manter a cultura ancestral do parto viva, pois é, sempre foi e sempre será uma medicina sagrada.