Servidores e agentes comunitários de Saúde de Eunápolis entram em greve por tempo indefinido
Trabalhadores reivindicam pagamento de reajustes do plano de carreira e salarial de 2020
Redação FM News
Parte dos servidores municipais e agentes comunitários de saúde de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, pararam as atividades nesta segunda-feira (5).
De acordo com a categoria, a greve por tempo indeterminado é para reivindicar o pagamento de reajustes do plano de carreira e salarial deste ano. Com cartazes, os trabalhadores fizeram um protesto nesta segunda para pedir os reajustes.
“Esse é um direito da carreira de servidor que a cada período, no nosso caso, a cada três anos, é feito um incremento salarial de 2% com base no salário de cada servidor. Se isso não é efetivado na nossa carreira, gera uma perda salarial muito grande, gera prejuízos que se refletem na renda mensal e futuramente na aposentadoria”, explicou Edriano Alves, diretor do Sindicato dos Servidores Públicos em Eunápolis.
O Sindicato Intermunicipal dos Agentes Comunitários de Saúde e Combate as Endemias de Eunápolis e Região (Sindiacscer), que representa os agentes de saúde, quer um solução para o impasse, já que acredita que a paralisação das atividades pode comprometer os serviços oferecidos a comunidade, principalmente neste período de pandemia.
“Atuamos no monitoramento dos casos de Covid-19 dentro do município e a falta dos agentes de endemias pode piorar os índices da dengue, mas nossa luta é digna e é um direito do trabalhador”, disse Tobias Albino, do Sindiacscer.
A prefeitura de Eunápolis informou que desde o início do ano tenta negociar com os sindicatos e que apresentou uma proposta de reajuste salarial de 4,31%, referente as perdas inflacionárias. Entretanto, as categorias não aceitaram o acordo.
Disse ainda que as negociações ficaram suspensas durante a pandemia e que foram retomadas no último mês, mas por causa do período eleitoral, por lei, não é possível o reajuste neste momento.
O sindicato das categorias explicou que não houve acordo anteriormente porque a proposta da prefeitura é abaixo do que eles têm direito, cerca de 7% na progressão salarial, e que por isso, a greve segue por tempo indeterminado.