Professores de escolas públicas, ensino técnico e superior serão beneficiados com formação e capacitação, em alto nível, relacionadas às principais disciplinas de Inteligência Artificial. A ação, chamada BAH.IA, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em parceria com diversos pesquisadores do Estado, foi aprovada em primeiro lugar nas Chamadas Voluntárias para Apresentação de Projetos de Disseminação de Inteligência Artificial, com foco em tecnologias habilitadoras para o desenvolvimento regional, da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
O projeto, que vai destinar recursos de R$ 615 mil para impulsionar a IA na Bahia, tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida e democratizar o acesso às políticas públicas para preservar empregos, incentivar o empreendedorismo e gerar novas ocupações profissionais.
Para o diretor de Inovação e Competitividade da Secti, Péricles Magalhães, a conquista veio em um momento propício para qualificar e preparar as pessoas para lidar com o atual e o futuro cenário tecnológico. “A pandemia provocada pela Covid-19 escancarou a necessidade de disseminar mais o conceito de Inteligência Artificial (IA) para formar recursos humanos. Além disso, atividades econômicas, inclusive o ramo de serviços, exigem cada vez mais que o profissional domine novas tecnologias, sendo assim, a tendência é que milhões de postos de trabalhos desapareçam devido à automação, por isso, temos um grande desafio em preparar pessoas em larga escala com foco em ferramentas habilitadoras, particularmente em Inteligência Artificial”, explicou, ao ressaltar que, em breve, a Secti deve lançar uma chamada para as instituições interessadas em receber a capacitação.
Além dos professores, o projeto alcançará também os discentes de cursos de formação de professores. De acordo com a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Adélia Pinheiro, no Nordeste, e na Bahia, em particular, existem grupos de excelência nas áreas de Inteligência Artificial e Ciência de Dados, porém, muitas vezes, não há conexão entre elas. “Realizaremos um trabalho de integração do Ecossistema de CTI, tendo em vista que na Bahia esses grupos podem não ser suficientes para suprir as demandas geradas pelos processos de transformação digital, quando atuam individualmente. Entretanto, unidas, terão capacidade de antecipar os efeitos positivos e negativos da adoção das tecnologias digitais e ocuparão seus espaços na competitividade cada vez maior da atualidade”, declarou Adélia.
A ação BAH.IA contemplará também os estudantes de escolas públicas de ensino médio e superior, com foco à capacitação em IA, enquanto nova tecnologia habilitadora, principalmente no estabelecimento de medidas para estimular a participação de mulheres. “O trabalho chegará a empresas e instituições da Bahia, com o objetivo de identificar possíveis demandas tecnológicas desta área. Esperamos reunir um contingente de pessoas capazes de atuar em projetos inovadores de Inteligência Artificial, além do desenvolvimento de uma plataforma piloto online para popularizar o tema, com a criação de conteúdo relevante sobre o assunto, bem como a criação de metodologias de ensino, preparação de professores e propagação da importância de formar jovens neste setor”, completou Adélia.
Fonte: Ascom/Secti