Convênio oferece agilidade de decisões e rastreamento fitossanitário na Bahia
O monitoramento fitossanitário da soja e do algodão deverá alavancar ainda mais a produtividade em lavouras baianas e vai ser implementado de forma pioneira pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), que se torna a primeira unidade do Brasil a adotar tecnologias de última geração para identificar pragas que provocam significativas perdas e fiscalizar o cumprimento de calendários oficiais de prevenção e controle do bicudo do algodoeiro e da ferrugem asiática da soja.
“Em pouco tempo, substituiremos a fiscalização presencial, que é muito mais onerosa e demorada, pela agilidade das imagens captadas através de drones e satélite com um custo relativamente baixo e que permite ao agricultor a adoção de medidas urgentes de controle, caso seja detectada uma ocorrência, além de evitarmos o deslocamento de nossos agentes pelos 2 milhões de hectares cultivados. Desta forma, conseguiremos tomar decisões rápidas e eficientes em áreas gigantescas de nosso estado, especialmente no oeste e sudoeste”, festeja o diretor-geral da Adab, Maurício Bacelar.
Um convênio de cooperação técnica assinado entre a Adab, a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e publicado no Diário Oficial da União no final de março, assegura o trabalho conjunto que vai permitir o salto de qualidade no planejamento e execução de importantes decisões para o controle das lavouras da Bahia.
As imagens podem ser captadas com frequência semanal ou diária e direcionam os fiscais agropecuários a agir antecipadamente em locais específicos, antes mesmo que os danos sejam espalhados, poupando esforços e vultosas somas dos produtores e órgão de defesa agropecuária.
As imagens em tempo real com reprodução instantânea serão utilizadas em avaliações técnicas além de abastecer um banco de dados que permite comparações visuais.
O programa de tecnologia da informação será desenvolvido pela EMBRAPA Instrumental em São Carlos (SP) e deverá ser utilizado em testes preliminares para validação já na safra 2021 da soja e do algodão.
“Além do rastreamento sensorial, os dados gerados pelos satélites poderão ser utilizados para estimar áreas plantadas, realizando a atualização constante do cadastramento e os diversos cultivos adotados em diferentes regiões da Bahia, facilitando o trabalho de educação fitossanitária e estratégias de controle de grandes áreas e em larga escala”, ressalta Celso Duarte Filho, diretor de Defesa Sanitária Vegetal.
Já as imagens capturadas pelos sensores dos drones, que oferecem uma precisão de 5 cm, serão utilizadas para mapear os plantios e realizar a fiscalização do vazio sanitário da soja e do algodão, através da identificação de tigueras ou plantas voluntárias existentes na área.
Fonte: Ascom/Adab