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No dia do Centenário de Frans Krajcberg, curador do museu em Nova Viçosa fala do acervo deixado pelo artista plástico

 

 

Foi comemorado no último dia 12 de abril o centenário do nascimento de Frans Krajcberg, artística plástico de origem polonesa que encontrou no Brasil em 1949 a sua alma e a sua maior paixão: as florestas tropicais. Numa união impecável entre ambientalismo e arte, Krajcberg encontrou a razão da sua vida ao perceber o perigo que ameaça as nossas florestas.

Ao visitar Nova Viçosa, no extremo sul da Bahia, o artista se encantou e decidiu lá viver até o fim da sua vida. Adquiriu 76 hectares de terra numa área de Mata Atlântica, construiu sua casa sobre uma árvore e continuou sua luta pela manutenção da vida.

Em entrevista a Abrolhos FM, o curador do Museu Frans Krajcberg, Dr. Hernani, disse que desde criança, o artista plástico já demonstrava interesse pela fauna, flora e pela vida humana.

“Frans Krajcberg começa a lutar desde criança, depois de passar pela Segunda Guerra Mundial onde foi testemunha ocular da tragédia. Assim, seu trabalho foi pautado na defesa da humanidade e da natureza, pois ele dizia que todo ser vivo merece ter a sua vida preservada”, disse o curador.

Além disso, um fato que chama a atenção é que Frans Krajcberg estava projetando o centenário, onde todos os últimos aniversários, ele sabia exatamente o que deveria fazer.

E, para mostrar que amava a Bahia, antes de morrer, o artista plástico deixou todo o seu acervo para o estado, sem cobrar nada, tendo um valor material incalculável onde qualquer estado o país desejaria isso.

Em virtude da pandemia, mas para não perder as comemorações do centenário, o museu tomou algumas iniciativas de divulgar essa data junto aos órgãos de imprensa.

“Essa é uma forma de celebrar esse momento. Ficamos pensando o que ele estaria falando sobre a pandemia. Ele falava como o ser humano tratava o planeta. E achava que da forma que estava indo, seria inevitável viver dessa forma”, disse Dr Hermani.

Para finalizar a entrevista, o curador falou que espera que o Governo da Bahia assumo o acervo e que possa usar o espaço e as obras em benefício da população.

“Em vida ele fez o projeto do museu, fez com recursos próprios o museu e hoje esperamos que o governo do estado assuma aquele acervo que possa dar inclusão e utilizar aquele espaço para a população. Ali tem obras que você pode fazer exposição em diferentes estados ao mesmo tempo, abrindo para as pessoas, que possam sentir o impacto das obras dele”.

Redação FM News