FM NEWS

A Freqüência da Notícia

Destaques Plantando o Futuro

Plantando o Futuro – Psicóloga defende tese de Diversidade e Ocupação dos espaços públicos em Teixeira de Freitas

 

 

O quadro Plantando o Futuro reconhece a importância de ações sociais e sustentáveis para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária. Nesta edição, a redação Onda Verde entrevistou Cristiane Campos, psicóloga que atua na área há mais de 20 anos e conta um pouco mais de sua trajetória e sua tese defendida atualmente no mestrado.

Cristiane é aluna mestranda do curso de Ciência e Sustentabilidade e defende sua tese mapeando espaços públicos na cidade de Teixeira de Freitas, no extremo sul baiano.

O objetivo da tese é resgatar as memórias das praças públicas, o porquê de sua existência, nome, história e a interação da população com esses lugares. A pesquisa nasce da observação das praças, entendendo que a partir desse lugar é possível enxergar a construção da sociedade que vive no entorno pela diversidade de pessoas que ali transitam diariamente. Além disso é possível compreender que, é nestes locais onde se produz toda a riqueza sociocultural e econômica.

Em Teixeira de Freitas por exemplo, segundo levantamento do senso feito pela psicóloga Cristiane Campos, “o município contém 163 mil habitantes e mais de 105 praças públicas, ou seja, são muitas praças que compõe a cidade e diferentes delas foram revitalizadas pelos próprios moradores, já que são eles que mais usam e se envolvem com o local.”

Outro ponto interessante levantado por Cristiane são os projetos apresentados pelos gestores públicos, como a instalação de “academias” ao ar livre, sem fazer ao menos uma pesquisa que comprove que a população que está em volta da praça vai usufruir de fato do recurso.

“É importante eu trazer uma visão aqui para a entrevista, que é por exemplo, praças da cidade que são ocupadas ano a ano pelo povo Maxakali, população originária que vive em nossa região e em toda extensão do extremo sul baiano e norte mineiro, que reverenciam seus ancestrais nestes locais públicos. É de uma riqueza cultural absurda, que deve ser destacada”.  Afirma a psicóloga.

As ações que envolvem os locais públicas necessitam de uma visão coletiva, para que justamente toda a população que de fato se utiliza desses lugares, seja para passear, vender seus produtos, reverenciar a ancestralidade ou simplesmente descansar por alguns instantes, participem ativamente das decisões e isso é dialogar diretamente com Ciências, sustentabilidade, diretos humanos e interseccionalidade.

 

 Redação Onda Verde