Meta vai fechar o programa de reconhecimento facial do Facebook e apagar todos os dados
Apesar de não ser normal, a Meta, dona do Facebook, está a tomar uma medida inédita nas redes sociais. Vai eliminar uma das suas áreas, para que seja avaliada e não possa ser usada conta os seus utilizadores.
Falamos do seu programa de reconhecimento facial, que há vários anos é usado pelos utilizadores em situações específicas e até, segundo muitos, de forma muito útil. Ao mesmo tempo, e com este fim, os dados dos utilizadores vão ser eliminados e deixar de estar disponíveis.
O anúncio desta novidade foi feito há poucas horas por Jerome Pesenti, o vice-presidente da área de Inteligência Artificial do Facebook. Segundo avançaram, terá efeito nas próximas semanas e colocará um fim nesta área que vinha a ser usada há vários anos.
Apesar de parecer um movimento altruísta e preocupado, a verdade é que é apenas uma reação do Facebook e da Meta a um conjunto de processos na justiça. O último, que aconteceu em 2020, resultou num acordo judicial, que envolvia o pagamento de 650 milhões de dólares.
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Necessidade de regulação e uma crescente preocupação
Numa publicação feita no blog de segurança do Facebook, Jerome Pesenti refere que há uma “crescente preocupação” e que a utilização desta tecnologia deverá ser repensada. Existe ainda a necessidade de haver regulação e normas, que devem vir dos estados e entidades reguladoras.
Na prática, o fim do programa de reconhecimento facial do Facebook terá algum impacto. A identificação automática dos utilizadores deixará de acontecer e as legendas com texto alternativo das imagens deixará de incluir a identificação dos utilizadores presentes.
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Meta vai eliminar os dados dos utilizadores
Todos os utilizadores que optaram por estar presentes neste programa de reconhecimento facial vão ficar excluídos. Também todos os seus dados e os seus perfis vão ser eliminados e deixam assim de estar disponíveis. Estima-se que vão ser apagados dados de mil milhões de utilizadores.
Esta é uma decisão importante do Facebook e da Meta, para garantir a privacidade dos utilizadores. Não está sozinha e recentemente a Amazon colocou em pausa o acesso da polícia às suas infraestruturas. Também a Google desde 2018 que se recusa a vender informação e tecnologia de reconhecimento facial.
Por Pedro Simões / PPL ware