Outro defensor disse que as negociações estão acontecendo sem os jovens, que estão se reunindo nas ruas porque não foram incluídos. Ele lembrou que as pessoas mais ricas foram ao evento em jatos particulares e são quem tomam as decisões, enquanto eles são ignorados e levados a fazer seu próprio espaço.
As mesmas reivindicações foram feitas dentro da conferência, onde ativistas climáticos entregaram à presidência da COP e a outros líderes uma declaração assinada por 40 mil jovens exigindo mudanças.
O documento inclui diversos pontos de preocupação, entre eles, negociações climáticas mais inclusivas. Eles também pediram a secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, Unfccc, Patricia Espinosa, que apoiasse seus esforços para adicionar um parágrafo mencionando a importância da juventude na declaração final deve ser adotada no final da COP26.
Juventude
Ela prometeu que levará as questões e demandas à atenção das delegações, já que são todas “absolutamente razoáveis e justificáveis”. O comunicado, que foi entregue aos ministros, também pede ações sobre finanças climáticas, mobilidade e transporte, proteção da vida selvagem e conservação ambiental.
O presidente da COP26, Alok Sharma, destacou que está impressionado com a paixão e o compromisso dos jovens com a ação climática. Ele afirmou que as vozes dos jovens devem ser ouvidas e refletidas nessas negociações.
Conforme afirmou “as ações e o escrutínio dos jovens são fundamentais para mantermos a meta de 1,5 graus centígrados viva e criar um futuro sem emissões”.
Enquanto isso, o Reino Unido e a Itália, em parceria com a Unesco, Youth4Climate e Mock COP, coordenaram uma nova ação global para treinar as gerações futuras com o conhecimento e as habilidades por um mundo neutro em carbono.
À medida que os ministros da educação e os jovens se reuniam, mais de 23 países apresentaram compromissos nacionais de educação climática, que vão desde a descarbonização do setor educacional até o desenvolvimento de recursos escolares.
Aquecimento global
A Unfccc publicou as atualizações dos compromissos nacionais até agora para reduzir as emissões de carbono e, embora alguns avanços tenham sido feitos durante a conferência, eles ainda não são suficientes.
O relatório aponta que a previsão é de um aumento considerável, de cerca de 13,7%, nas emissões globais de gases com efeito de estufa em 2030 em comparação com 2010.
Antes da COP, o aumento era calculado em 16%, mas para que o mundo seja capaz de conter o aquecimento global e evitar consequências desastrosas, as emissões devem ser reduzidas pela metade nos próximos nove anos.
Para a jovem ativista Carla Huanca que viajou da Bolívia para estar em Glasgow com seu amigo, o dinossauro “T-Resilient”, outra extinção não pode ser uma possibilidade.
Ela declarou que os jovens são os herdeiros deste planeta e por isso é tão importante suas vozes sejam ouvidas. Ela reafirmou a exigência por “ações governamentais por parte dos governos para ter o planeta que queremos”.