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Surgimento da variante Ômicron alerta dirigentes mundiais, incluindo o Brasil

 

Iniciou nesta segunda-feira (29), uma sessão especial da Assembleia Mundial da Saúde sobre a pandemia do novo coronavírus, devido ao aumento de casos considerando as novas ondas na Europa e também para abordar as novas variantes da doença. Na abertura do encontro, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, declarou que o surgimento da variante Ômicron mostra como a situação ainda é “perigosa e precária”.

Tedros Ghebreyesus explicou que cientistas da OMS e ao redor do mundo continuam estudando para entender, com urgência, se a Ômicron está associada a uma maior transmissão, a um risco de reinfecções, se leva a casos mais severos de Covid-19 ou se as vacinas atuais protegem contra essa variante.

Na oportunidade, Tedros trouxe a pauta, a necessidade de todas a nações e as populações em geral não penalizarem países como a África do Sul e Botsuana, que foram os primeiros a indicar a variante do vírus. Além disso, outras variantes estão surgindo em todo o globo com características totalmente distintas, o que faz com que todos tenhamos que ter cautela, pois ainda não se sabe quais são as consequências.

A médica sul-africana Angelique Coetzee, que primeiro identificou a nova variante ômicron do coronavírus, diz que os pacientes infectados até o momento mostram “sintomas extremamente leves” — por isso mais tempo ainda é necessário para avaliar o efeito em pessoas vulneráveis.

Ela conta que o primeiro caso foi identificado por volta de 18 de novembro. Ela então alertou as autoridades sul-africanas de saúde, por considerar que o que estava vendo não era condizente com a variante delta, primeiro identificada na Índia e que se tornou prevalente no mundo, inclusive na África do Sul.

Segundo a doutora Coetzee, os casos da variante ômicron podem estar passando batido nos países.

“Os países estão lidando com muitos casos do delta. Nós tivemos um intervalo, cerca de oito a dez semanas desde nossa última onda de infecções e a chegada dessa nova variante. Por isso, para nós, foi fácil perceber que havia algo diferente”, conta a médica.

“Os médicos que estão focados no delta podem deixar isso passar batido, por que é fácil isso acontecer. Se não fosse por termos ficado sem casos de covid por semanas, nós também não teríamos percebido.”

No Brasil

Aqui no Brasil, diante da ameaça da variante Ômicron do novo coronavírus e tendo a confirmação que ‘infelizmente’ a variante chegará ao pais,  alguns estados brasileiros decidiram cancelar previamente as festas de Réveillon em 2021. Em entrevista à rede CNN nesta segunda-feira (29), a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo afirmou que as decisões de cancelamento são acertadas.

“Essa decisão administrativamente tomada pela prefeitura de Salvador e por outras prefeituras, já algumas dezenas que nós estamos tomando ciência, a meu juízo são muito corretas. Eu acho que essa deveria ser uma medida geral adotada por todo mundo a evitar aglomerações em festa, quer de réveillon, quer de carnaval”, disse a doutora.

A pesquisadora disse também que três fatores seriam os ideais para realizar festas sem maiores riscos: taxa de imunização de no mínimo 80%, baixo número de hospitalizações por Covid-19 e baixo número de mortos pela doença, fato que ainda não foi alcançado em nenhuma instancia no pais.

 

// Redação Fm News