Cidades em lockdown, países com fronteiras fechadas, novas medidas de controle sanitário, voos internacionais suspensos. A variante Ômicron fez ressurgir um cenário de incerteza já visto em outros momentos da pandemia de Covid-19 e acendeu o sinal de alerta em todo o planeta.
A nova variante B.1.1.529, batizada de ômicron pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi descoberta em 11 de novembro de 2021 em Botsuana, que faz fronteira com a África do Sul, onde a cepa também foi encontrada dias depois.
Posteriormente países da Europa afirmaram que a variante, já estava no continente antes mesmo de surgir nos países africanos.
A nova variante B.1.1.529, batizada de ômicron pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi descoberta em 11 de novembro de 2021 em Botsuana, que faz fronteira com a África do Sul, onde a cepa também foi encontrada dias depois.
Quão perigosa é a nova variante?
Pesquisadores estão preocupados com o fato de a ômicron conter um número considerado extremamente alto de mutações do coronavírus. Eles encontraram 32 mutações na chamada proteína spike (S), que o vírus usa para se prender a células humanas e infectá-las.
Na variante delta, considerada altamente infecciosa e dominante no mundo atualmente, foram encontradas oito mutações.
Ao mesmo tempo que o número de mutações nessa proteína não é uma indicação exata do quão perigosa a variante pode ser, isso sugere que o sistema imunológico humano pode ter maior dificuldade em combater a nova variante. Também há indicações de que a ômicron possa escapar das respostas imunológicas do corpo humano.
Cientistas afirmam que a situação piorou também por ter sido descoberta próximo as festas de final de ano, onde pessoas do mundo inteiro migram para visitar familiares, amigos e fazer passeios turísticos.
Para a infectologista Amanda Lara, médica do Ambulatório dos Viajantes do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, o momento é de preocupação e cautela:
— Viagens internacionais não são as mais indicadas atualmente. Olhando apenas para o Brasil, os números de mortes e internações estão caindo. Mas o cenário lá fora reflete o que pode acontecer com a gente no futuro. Não apenas pelo risco de introdução da nova variante, mas porque não sabemos ainda como ela poderá se comportar por aqui e qual é a exatamente a resposta dos vacinados.
— O uso da máscara ainda é fundamental, principalmente em lugares fechados. Em aviões e aeroportos, por exemplo, tem que usar um bom modelo PFF2, que hoje em dia já é bastante acessível — sugere.
Há riscos de cancelamentos de viagens?
A Ômicron já causou restrições de viagens de e para sete países do sul da África, onde foi detectada, e o fechamento das fronteiras aos turistas internacionais em Israel —a princípio até a semana que vem. Para a advogada Luciana Atheniense, especializada em direito do consumidor do viajante, o momento agrava ainda mais o cenário de incertezas, típico da pandemia. E é propício para uma onda de cancelamentos de viagem.
Por esse e outros motivos se faz tão necessário o ‘passaporte da vacina’ adotada por diversos países e que aqui no Brasil, o atual presidente irresponsavelmente não vai adotar.
// Redação Fm News