No quadro Plantando o Futuro desta semana, a conversa foi com o professor do curso de Ciências e Sustentabilidade, Leandro Gaffo que veio contar um pouco de sua trajetória dentro da profissão e como a sustentabilidade pode estar relacionada a tantas questões de saúde que não ligamos “naturalmente”.

O tema sustentabilidade geralmente é relacionado aos pilares de economia, desenvolvimento social e humano, entre outros. Mas quase nunca é ligado a temas como saúde mental e coletiva, como se fossem assuntos distintos, questões que vemos cada vez mais que na verdade está errada, uma vez que compreendemos que o ser humano vive na natureza, é a natureza e que necessita de cuidados específicos como qualquer outra espécie que aqui vive.

Dentro desse entendimento, Leandro explica como que em sua época da primeira especialização, iniciada nos anos 80 através da Geografia como era desafiador desassociar geografia das ciências humanas, sociais e naturais, tendo em vista que tudo está relacionado. O mesmo estudou e se especializou em ciências da natureza, sua primeira especialização e deu continuidade aos estudos entrando em cursos como filosofia, psicologia, entre outros.

Leandro conta que mesmo tendo estudado, foi na Bahia onde teve a oportunidade de enxergar como as ‘ciências’ estavam ligadas e que poderiam trazer transformações profundas para as pessoas ao redor.

O professor pôde adentrar os caminhos da psicanálise e ter um experiência de cura e cuidado coletivo, com rodas de conversa e apoio a pessoas que passam por um momento de saúde mental debilitada ou até mesmo as que buscam um suporte de trocas e acolhimento, tendo em vista que todos somos Um e a importância de sentar para ouvir o outro pode ser tão transformador que falar o que sente, sendo assim um complemento de cura.

Ações, pesquisas e especializações como esta do professor Leandro Gaffo vem para demonstrar como é impossível separar o ser humano da natureza, como ele mesmo fala durante a entrevista, “em determinado momento da história o ser humano se individualizou a passou a crer que era possível fazer tudo sozinho, sem ajuda dos demais, sem viver em coletividade, um erro absurdo já que sabemos que fazemos parte de algo maior e que juntos podemos ir além”.

// Redação Onda Verde