A Organização Meteorológica Mundial, OMM, afirma que os últimos sete anos devem ser registrados como os sete mais quentes da história.
Um resfriamento do fenômeno La Niña, logo no início de 2021, influenciou as temperaturas globais, de forma suave e curta, mas não reverteu as concentrações de gás de efeito estufa provocadas por atividades humanas.
Calendário
O ano foi marcado por ondas recordes de calor, chuvas, inundações e incêndios que devastaram áreas extensas. Os meteorologistas contaram com tecnologia de satélite para melhor prever e monitorar eventos extremos e as mudanças do clima em todo o globo. Mas o impacto econômico e humano dos desastres naturais ultrapassa o calendário anual e deve seguir por 2022. Nesses eventos, milhares de vidas são perdidas.
No momento, os monitores da OMM acompanham o super tufão Rai ou Odete, que atravessou as Filipinas em 16 de dezembro na categoria 5. Centenas de pessoas ficaram feridas ou morreram num país que é constantemente atingido por desastres naturais. Mas, em muitas partes do mundo, a situação tem se atenuado devido a sistemas de alertas que ajudam a reduzir bastante as taxas de mortalidade. Mesmo assim, nos países menos desenvolvidos e pequenos Estados-ilhas ainda existem lacunas que precisam ser cuidadas.
Canadá
Para a Organização Meteorológica Mundial, os orçamentos nacionais devem investir mais no monitoramento dos gases de efeito estufa. Muitos eventos climáticos extremos são causados pela pegada da mudança climática.
Uma onda de calor no Canadá e em partes vizinhas do noroeste dos Estados Unidos elevou as temperaturas a quase 50°C em junho, na British Columbia, causando centenas de mortes e incêndios arrasadores. E a mesma região foi alvo de chuvas fortes e cheias em novembro.
Um outro exemplo foi o Vale da Morte, na Califórnia, onde os termômetros chegaram a 54.4 °C durante várias ondas de calor extremo no sudoeste dos Estados Unidos, em julho.
O mesmo ocorreu em partes do Mediterrâneo em agosto. Na Itália, a região da Sicília marcou 48.8 °C. E alguns incêndios florestais foram registrados na Argélia, no sul da Turquia e na Grécia.