A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, lançou um projeto para dar suporte técnico a países que investem em políticas de combate ao abuso de substâncias controladas.
Um estudo do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, revela que 83 milhões de pessoas nas Américas, este ano, usaram substâncias como maconha, opioides, cocaína, anfetaminas e outros estimulantes.
Respostas
A iniciativa da Opas valerá para Colômbia, Panamá, Equador, Jamaica, Costa Rica e Guiana. Ali, a parceria quer melhorar a capacidade nacional para desenvolver e implementar respostas de saúde e social que combatam o problema.
Para 2030, se nada for feito, a agência da ONU prevê um total de 87 milhões de pessoas utilizando essas drogas, especialmente em países de rendas baixa e média.
O projeto da Opas “Cuidado Universal de Saúde para Desordens no Uso de Substâncias na América Latina e no Caribe” durará 18 meses. O foco é o treinamento de agentes de saúde e assistentes sociais.
Um dos conselheiros da Opas na área, Luiz Alfonzo, disse que a ideia é construir uma estrutura para formular, implementar e avaliar as políticas e programas, mas utilizando uma abordagem de saúde pública.
Grupos em risco
As atividades de treinamento são centradas em melhorar o trabalho dos agentes de saúde na hora de identificar essas substâncias, desordens e sugerir uma ação rápida para melhor gerir os grupos em risco com políticas apropriadas.
O projeto também quer fortalecer a cooperação entre as agências de controle de drogas e nacionais de saúde nos países que participam. Como os cursos são oferecidos por internet, existe uma grande chance de troca de informações e cooperação desses agentes.
A agência da ONU lembra que pessoas que sofrem de abuso e desordens no uso de substância geralmente enfrentam preconceito, estigma e isolamento social. Alguns também morrem de forma prematura. Em todo o mundo, apenas uma em cada oito pessoas que precisam de tratamento, recebe o apoio.