Chegou a dez o número de mortos no desabamento de uma rocha sobre lanchas em um cânion do Lago de Furnas na cidade de Capitólio, em Minas Gerais. O Corpo de Bombeiros retomou as operações de buscas por vítimas por volta das 5h da manhã deste domingo (9).
Uma das vítimas já foi identificada: Julio Borges Antunes, de 68 anos, era natural de Alpinópolis, em Minas Gerais.
Em coletiva de imprensa, o delegado regional de Passos, Marcos Pimenta, disse que o foco é no maior número de vítimas possível. “A princípio queremos identificar e acalmar essas famílias.”
Pimenta explicou também que as equipes não estão com pressa e não irão interromper o trabalho. “Não temos a menor preocupação com dias, e, se for necessário, iremos trabalhar mais.”
O delegado acrescentou que o proprietário da lancha “Jesus”, a mais atingida, já foi escutado e está auxiliando no reconhecimento dos corpos. Segundo Pimenta, ele era parente da maioria das vítimas.
Além dele, o prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo (PP), também falou sobre o acidente. “Eu gostaria de iniciar minha fala agradecendo as pessoas que ajudaram para que esse desastre não fosse maior. Nós estamos transtornados com esse desastre”, disse Cristiano Geraldo.
As autoridades, incluindo Marinha, Defesa Civil, prefeitos e bombeiros vão discutir na segunda-feira (10) medidas de prevenção para evitar desastres deste porte.
O sargento da Defesa Civil de Minas Gerais Wander Silva afirmou que as responsabilidades serão verificadas, mas que “esse não é o momento.” Segundo ele, a prioridade é dar suporte às famílias das vítimas e buscar desaparecidos.
Neste domingo, o governador Romeu Zema (Novo) assinou decreto de luto oficial de três dias em todo o estado de Minas Gerais pelas vítimas da tragédia em Capitólio e em respeito aos mineiros afetados pelas fortes chuvas.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que um grande bloco de pedras desaba na água do Lago de Furnas, ponto turístico da região. O incidente teria começado com uma “cabeça d’água” na região dos cânions, provocando o desabamento de pedras e estruturas rochosas, que atingiram ao menos três embarcações — 2 afundaram.
Entre os 32 feridos, 23 pessoas foram atendidas na Santa Casa de Capitólio com ferimentos leves e já foram liberadas.
Aihara afirma que algumas dessas pessoas procuraram socorro por meios próprios e, por isso, ainda eram consideradas como desaparecidas. O tenente diz ainda que havia por volta de 70 pessoas fazendo turismo na região.
Por causa da falta de iluminação natural, o trabalho de busca feito por mergulhadores teve de ser interrompido no fim da tarde de sábado.
// CNN Brasil