A Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que novos casos de Covid-19 caíram em todo o mundo na última semana. Enquanto a média mundial caiu 19%, nas Américas, a queda foi de 31%.
No entanto, a agência ressalta que o número de mortes segue subindo pela sexta semana consecutiva. Foram 4% a mais na média global e 5,6% entre os países americanos.
Subvariante BA.2
De acordo com a OMS, a subvariante da Ômicron, BA.2, já representa 21% de todos os casos de Covid-19 no mundo. Em 10 nações, a cepa já é dominante.
Segundo dados de laboratórios parceiros da OMS, a BA.2 é 84% mais contagiosa que a versão anterior do vírus. Até o momento, não há evidências que a variante cause quadros mais graves da doença.
A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, ressaltou que as medidas de saúde pública têm sido insuficientes para responder à Ômicron.
A diretora da agência, Carissa Etienne, pediu que medidas para conter a onda atual e de preparo contra futuras.
A Opas diz que a meta é vacinar 70% da população em todos os países.
Carissa Etienne adicionou que é necessário que as medidas sejam implementadas de forma rápida e que a falta de ação não é uma opção num momento em que 34 mil pessoas morreram nas últimas semanas em todo o continente. Ela explica que isso significa que até 202 pessoas morrem a cada hora.
A diretora avalia que essa não será a última variante e que o futuro da pandemia continua “extremamente incerto”.
África
Já o diretor-geral da OMS também voltou a pedir por mais igualdade na cobertura vacinal. Segundo Tedros Ghebreyesus, 83% das pessoas não receberam sequer a primeira dose.
Em contrapartida, ele destacou que em países com altas taxas de imunização, começa a se falar, prematuramente, no fim da pandemia, o que é perigoso.
Para ele, mais da metade do mundo ainda está lutando com baixa cobertura vacinal e baixa capacidade de teste.
Tedros lembra que, atualmente, 116 países estão fora do objetivo comum de vacinar 70% da população de todos os países até meados deste ano.
Para o chefe da OMS, isso é uma falha moral e epidemiológica, que cria “condições ideais para o surgimento de novas variantes”.
Ele agradeceu a parceria com a BioNTech para aumentar a produção de vacinas na África.
O esforço envolveu a cooperação com a OMS e o centro de transferência de tecnologia de mRNA. Ele explicou que o projeto vai além das vacinas, englobando outros produtos, como medicamento e diagnósticos.
// ONU News