Mais da metade das crianças entre cinco e 11 anos receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, segundo levantamento.
Nesta faixa etária, a população é de 20.707.411 pessoas no Brasil, e os imunizados com a primeira dose são 10.460.467 (50,5%)
O estado com maior percentual de vacinados com a primeira dose é o Piauí (77,3%), seguido por São Paulo (75,5%) e Ceará (64,8%). Já os menores percentuais são do Amapá (15,6%), Roraima (16,1%) e Acre (23,9%).
Com relação à dose de reforço, os estados andam em passos lentos. São 2.320.920 crianças vacinadas com a segunda dose — 11,2% do total.
São Paulo foi a região que mais aplicou o segundo imunizante nas crianças (32,6%). De acordo com o levantamento, 19 estados estão com vacinação da dose de reforço abaixo de 10%, além do Acre e de Rondônia, que não aplicaram nenhuma vacina da segunda dose nesta população.
Raphael Guimarães, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e integrante do Observatório Covid-19 da fundação, falou que sem vacina, essa população em si está desprotegida e a gente ainda tem a circulação do vírus.
“Como os adultos já estão vacinados, as crianças se tornam alvos fáceis para o vírus”, afirma.
Em entrevista coletiva no mês de fevereiro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que “vacinar uma criança não é igual a vacinar um adulto. Às vezes você tem que convencer as crianças a se vacinarem, não dá pra pegar uma criança à força, ir lá e aplicar uma vacina com a criança berrando”.
A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, disse que com a Covid, a criança tem menos chance de hospitalização e de ir a óbito que um idoso, mas que ano passado foram registrados 34 mil hospitalizações neste grupo e que número que subiu durante a onda da Ômicron.
Na semana passada, a Fiocruz informou que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças tem apresentado aumento significativo em diversos estados brasileiros desde o mês de fevereiro, período que coincide com a retomada do ano letivo.
No Brasil, crianças de cinco a 11 anos podem ser imunizante da Pfizer. A Coronavac, do Butantan, está liberada à partir dos seis anos no país.
// Ministério da Saúde e FioCruz