De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), quase 1.000 civis foram mortos em decorrência da guerra na Ucrânia. Desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, mais de 2.500 pessoas que não possuem vínculos militares foram vítimas do conflito, de acordo com dados do Escritório do Alto Comissariado ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH).
Ao todo, 2.571 civis foram afetados diretamente pelas ações dos militares, sendo que 977 morreram e 1.594 ficaram feridos. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (23), ainda revela que ao menos 81 crianças morreram e outras 108 ficaram feridas devido aos bombardeios, trocas de tiro e ataques aéreos na Ucrânia.
O Escritório da ONU afirma que acredita que os números reais são “consideravelmente maiores, pois o recebimento de informações de alguns locais onde ocorreram intensas batalhas foi adiado e muitos relatórios são ainda pendentes de comprovação”.
Envio de tropas adicionais para o Leste Europeu
Líderes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) vão propor o envio de tropas adicionais para quatro países do Leste Europeu na reunião da cúpula, que acontece na quinta-feira (24).
Nesta quarta, o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, afirmou que novas tropas devem ser enviadas ao Leste Europeu de modo a aumentar as forças militares nos territórios aliados da região. “O primeiro passo é o lançamento de novos batalhões da Otan na Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia”, disse.
A embaixadora dos Estados Unidos na Otan, Julie Smith, disse que “detalhes adicionais serão compartilhados na quinta”. Em evento do Conselho do Atlântico, Smith disse que a organização está em discussões sobre sua presença de força de médio e longo prazo em seu flanco leste.
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Conselho de Segurança rejeita proposta russa de ajuda humanitária
A proposta de resolução da Rússia sobre o conflito da Ucrânia não foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira. Apenas os embaixadores russo e chinês votaram a favor; todos os outros 13 membros se abstiveram, incluindo o Brasil.
O texto elaborado fala sobre acesso à ajuda e proteção de civis na Ucrânia, mas não menciona o papel de Moscou na crise. Para que o texto passasse, novo membros precisavam aprovar a resolução.
“Em vez de especular sobre a questão, devemos adotar uma resolução que será um passo prático e importante para os esforços humanitários”, disse o embaixador russo, Vassily Nebenzya, antes da votação do projeto.
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