A Organização Mundial da Saúde, OMS, apresentou três cenários possíveis de evolução da pandemia em 2022. A previsão é parte do terceiro plano estratégico para a Covid-19.
Até o fim de março, havia 485.243.022 notificações e 6.137.553 mortes devido à doença. Mais de 11 bilhões de doses de vacina foram administradas em todo o mundo.
Reforço
Falando a jornalistas, o diretor-geral da OMS, explicou o cenário mais provável de que o vírus continue evoluindo, em gravidade reduzida à medida que a imunidade aumenta devido à vacinação.
Tedros Ghebreyesus diz que nessa hipótese podem ocorrer picos periódicos de casos e mortes com a diminuição da imunidade, o que exige um reforço periódico para populações vulneráveis.
Ele considerou, no entanto, que na melhor das hipóteses, “podem surgir variantes menos graves e não serão necessárias doses de reforço ou novas formulações de vacinas.”
Já a pior das hipóteses seria marcada por um surgimento de uma variante mais virulenta e altamente transmissível. Nesse último caso, a proteção das pessoas contra doenças graves e mortes diminuirá rapidamente tanto por vacinação ou infecção anterior.
Para lidar com esta situação, as vacinas teriam de ser reformuladas e chegar às pessoas mais vulneráveis.
Fase aguda
Com o mundo caminhando em direção à fase aguda da pandemia, ele mencionou cinco elementos principais para os quais os países devem investir. No primeiro estão as áreas de vigilância, laboratórios e inteligência de saúde pública.
Em segundo plano: a vacinação, a saúde pública e as medidas sociais e envolvimento de comunidades. A terceira área: o atendimento clínico para Covid-19 e sistemas de saúde resilientes que precisam de investimentos.
Os componentes de pesquisa, desenvolvimento e acesso equitativo a ferramentas e suprimentos são a quarta. Por último está a coordenação quando a resposta evolui de emergência para administração de doenças respiratórias de longo prazo.
Para Tedros Ghebreyesus, os países devem se esforçar para vacinar 70% da população para controlar a pandemia. A prioridade devem ser profissionais de saúde, idosos e outros grupos de risco. O chefe da OMS advertiu que esta meta ainda é vista por muitos como “não sendo mais relevante”.
// ONU News