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ONU enfatiza tríplice crise no Dia Internacional da Mãe Terra

 

Neste 22 de abril, o mundo realiza ações marcando o Dia Internacional da Mãe Terra. Para o secretário-geral da ONU, a data abre uma chance de reflexão sobre como a humanidade vem tratando o planeta.

Em mensagem para a celebração, António Guterres disse que os humanos têm sido maus guardiões do seu “frágil lar”.

Crise

O chefe da ONU disse que hoje a Terra enfrenta uma crise planetária tripla: o distúrbio climático e perda de biodiversidade, aliada à poluição e ao desperdício que ameaçam o bem-estar e a sobrevivência de milhões de pessoas em todo o mundo.

As Nações Unidas calculam que a perda anual de florestas equivale a  4,7 milhões de hectares, uma área maior que a Dinamarca. A organização estima que 1 milhão de espécies animais e vegetais estejam ameaçadas de extinção.

Guterres enumera recursos como água limpa, ar fresco, clima estável e previsível como elementos de uma vida feliz e saudável que “estão em desordem, colocando em risco os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.”

O chefe da ONU aponta que ainda há esperança. Ele explica que cinquenta anos atrás, o mundo se uniu para a Conferência de Estocolmo para dar início ao movimento ambiental global.

Desde então, disse que foi visto o que é possível ao atuar em união. Entre os resultados estão o encolhimento do buraco na camada de ozono, o alargamento das proteções para a vida selvagem e os ecossistemas.

Mortes

A mensagem enfatiza ainda o fim do uso de combustível com chumbo, evitando milhões de mortes prematuras.

O líder da ONU falou ainda o lançamento em março passado de um esforço global histórico para prevenir e acabar com a poluição plástica como prova de união para se enfrentar desafios monumentais.

O secretário-geral sublinha que o direito a um ambiente saudável está ganhando força. Mas considera que mais ações precisam ser tomadas com maior rapidez, especialmente para evitar uma catástrofe climática.

Nos pedidos feitos na mensagem, ele destaca a limitação do aumento da temperatura global a 1,5 graus, que ainda está longe do rumo.

Guterres ressalta que para manter a meta viva, os governos devem reduzir as emissões em 45% até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

Investimento

Dirigindo-se aos principais emissores, o chefe da ONU disse que deve haver cortes drásticos das emissões a partir deste ano, além de acelerar o fim do uso de combustíveis fósseis e a transição de energia limpa e renovável.

Guterres pede que haja impulso global no investimento para a adaptação e resiliência, nomeadamente para os mais pobres e vulneráveis que menos contribuíram para a crise.

Ele pediu medidas ambiciosas dos líderes globais e ação para enfrentar a tríplice emergência planetária na reunião de alto nível agendada para junho na Suécia pelos 50 anos da primeira conferência sobre o meio ambiente.

O alvo da Conferência de Estocolmo+50 é contribuir para acelerar uma transformação que promova economias sustentáveis e ecológicas, mais empregos e um planeta saudável para todos.

Concurso de fotos

Na celebração do Dia da Mãe Terra, a ONU lança o concurso de fotos #MyClimateAction, ou minha ação climática. Fotos e vídeos dos participantes devem ilustrar ações e soluções criativas para inspirar outras pessoas.

Com o início da interação em 23 de abril, a Campanha da ONU para Ação Individual pretende incentivar a preservação de um clima viável e a redução das emissões de gases de efeito estufa a zero líquido até 2050.

 

// ONU News