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Nova redução no imposto vai reduzir o preço dos alimentos? Veja o que dizem os economistas

 

Arroz, feijão, carne e outros produtos do prato do dia a dia dos brasileiros tem consumido cada vez mais o orçamento das famílias. Para tentar mudar esta realidade, o Governo Federal anunciou a redução em 10% do imposto de importação de alguns produtos da cesta básica.

A dona de casa Ana Rita Ramalho contou que encher o carrinho no supermercado deixou de fazer parte da realidade dela. “Tenho comprado o mínimo possível, porque não dá. O que a gente comprava antes, agora não compra mais”, disse.

A atendente Luciana Moura dos Santos também tem percebido o aumento nos preços nos últimos meses. “É um absurdo. Está muito caro as coisas”, reclamou.

O churrasqueiro Dino Ribeiro afirmou que nunca viu os preços tão altos. Segundo ele, cada ida às compras é um susto novo. “Se você for parar para agir com a razão, nem o necessário está dando para comprar. Está muito fora da realidade”, lamentou

A redução do imposto anunciada pelo Governo Federal diminuirá o preço dos produtos nos supermercados? 

 

A medida anunciada pelo governo pode trazer um alívio para o bolso. No entanto, o economista Vagner Correia explicou que a redução no imposto não significa necessariamente que o consumidor terá produtos mais baratos.

Isso acontece porque o distribuidor pode não repassar a redução ou passá-la em partes para o consumidor final.

“Alguns que vendem o produto, não desapropriam esse desconto de 10%. Então, quando o consumidor final compra o produto, já compra com o preço do tributo”, disse.

No início do mês, o Governo Federal zerou o imposto de importação de alguns produtos da cesta básica. A estudante Rayssa Brandão diz que não sentiu a diferença. Para ela, os preços continuam altos.

Há alguns meses, a rotina de compras da família dela mudou. Agora, ela só compra o necessário para a semana. “Compramos por semana para tentar aproveitar as promoções do supermercado, pesquiso bastante e compramos picado, um pouco em cada lugar”.

IPCA-15 de maio é o maior registrado em 6 anos

A insatisfação dos consumidores também pode ser explicada em números. A inflação chegou a 12,20% em 12 meses. O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,59% em maio, após ter registrado taxa de 1,73% em abril. Apesar de ter desacelerado, foi o maior índice para os meses de maio desde 2016.

“Tomara que a gente bata no fim do ano, uma taxa de 7%, que vai ser uma grande vitória”, pontuou o economista.

 

// Folha Vitória