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ONU em solidariedade com sobreviventes de violência sexual em conflito

 

Este domingo, 19 de junho, a ONU marca o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Sexual em Conflito. Segundo o secretário-geral António Guterres, esta “tática de guerra e de repressão aterroriza populações, destrói vidas e comunidades”.

O chefe da ONU lamenta que “raramente, os responsáveis enfrentam as consequências de suas ações”. Ao mesmo tempo, quem sobrevive à violência sexual, acaba carregando “o peso do estigma e do trauma por toda a vida, muitas vezes brutalizados pelas normas sociais e pela culpa”.

Apoio incondicional

No Dia Internacional, António Guterres reforça que a ONU continua sendo solidária “com sobreviventes e comprometida em apoiar mulheres, meninas, homens e meninos que têm dificuldades para viver em paz e com dignidade em meio a crises humanitárias”.

Segundo o secretário-geral, a organização vem aumentando o apoio às vítimas e às pessoas deslocadas que estão vulneráveis ao tráfico e à exploração sexuais, incluindo as que estão em áreas remotas ou rurais, onde os sistemas de justiça e de proteção são fracos.”

Síria, República Democrática do Congo

Guterres defende também que a justiça e as leis sejam reforçadas, para que aqueles que cometem violência sexual “sejam responsabilizados por seus atos e para que as vítimas recebam apoio médico e psicológico.”

Um relatório publicado pelo secretário-geral da ONU em março deste ano menciona vários países onde a prática já foi confirmada. Na Síria, por exemplo, “mulheres e meninas deslocadas enfrentam maior risco de violência sexual, vivendo nos acampamentos com medo de serem vítimas de milícias e grupos armados”.

Sobre a República Democrática do Congo, o relatório menciona que grupos armados no país “utilizam a violência sexual como tática para conseguir controlar territórios e recursos naturais”, sendo que apenas na área de Kivu Norte, foram registrados “380 casos de abusos cometidos pela facção Nyatura”.

Mali, Somália, República Centro-Africana, Sudão do Sul, Iraque e Mianmar estão entre os outros países citados no relatório do secretário-geral por terem casos confirmados de violência sexual durante conflitos.

 

// ONU News